NOTAS DO MEU CANTINHO
Ano
Novo! Um ano que nos espera cheio de surpresas e, certamente, de
dificuldades tamanhas...
A
herança que nos ficou do ano que há pouco terminou não permite
antever muitas facilidades e felicidades. Antes, é um mundo de
surpresas mortificantes e de angústias que, naturalmente, a todos
espera.
Mas
vale a pena ter confiança. O velho ditado diz: “Deus
ajuda quem se ajuda” E se Deus ajuda,
importa não desanimar. Mas, na realidade, é preciso ter coragem e
força anímica para suportar os tempos incertos que se aproximam.
O
mundo todo, incluindo naturalmente a nação portuguesa, vive uma
situação caótica. Ninguém sabe o que será o dia de amanhã; mas,
pelas premissas se advinham facilmente as conclusões, ou, como se
diz no Brasil, “Pela casca se conhece o pau”. E a casca
não se apresenta de aspecto sadio, mas
bastante avariada.
“Ano
novo, vida nova”, era o ditado comum que todos citavam e repetiam.
Agora, chega-nos o ano novo, sem se vislumbrar uma vida diferente
daquela que arrastamos, penosamente, de há anos a esta parte. E por
isso é de perguntar: Quando será que todo este estado decrépito
vai acabar?
Presentemente,
a vida não se modifica com a entrada de um novo ano. Continua, pois
os homens não são capazes de suster o andamento epiléptico dos
anacrónicos sistemas sociais e políticos que dominam,
mediocremente, os povos indefesos.
Por
mais que se tente, não será fácil promover, eficazmente, a mudança
dos sistemas vigentes. Há que suportá-los, embora isso acarrete
agonias e mal-estar aos povos indefesos.
Num mundo
assim estruturado e orientado, o habitante normal tem que avançar
com medidas conciliatórias e promocionais de forma que o estado
anacrónico que se vive, seja modificado e o progresso, a
prosperidade, a economia sã e o bem-estar social voltem para as
pessoas e para as famílias, mesmo aquelas que hoje são as grandes
vítimas da situação que se instalou por toda a parte. E não
vale concretizá-la. Todos a vivem, a conhecem, suficientemente, e a
sofrem, atrozmente.
Mas, no
mundo, nada é perpétuo. Tudo tem o seu fim. Consequentemente, tudo
pode ser atempadamente modificado. Basta que haja inteligência e boa
vontade. Que haja disponibilidade de um serviço dedicado ao outro,
aquele que está a nosso lado e que, por razões sociais, políticas
ou financeiras, precisa de ser ajudado e amparado, para não cair no
charco. E não será preciso estender a mão à
caridade publica. Bastará que aquele que
possui o mando tenha o discernimento suficiente para ver e analisar
onde se encontra o vértice do problema e saber encontrar, como se
faz em aritmética, a raiz do problema e dar-lhe a solução certa
e adequada.
Vamos
entrar no novo ano. Que se encontrem, rapidamente, as premissas
adequadas e se chegue a justas conclusões. O povo não pode esperar
mais. Definha, injustamente, a cada dia que passa.
É tempo
de se acabar com tanta anarquia social e política e enveredar pelo
caminho da honestidade política, social e económica. Já basta de
tanto esperar e sofrer.
Não será
fácil endireitar o que torto está. Esperamos, todavia, que haja a
coragem precisa e a força política eficaz para tomar, com coragem e
dedicação, as medidas que se impõem para que tudo o que está mal
seja corajosamente modificado. E não se aguarda que seja o povo
contribuinte a suportar uma vez mais as tropelias e medidas absurdas
que se foram promulgando, caprichosamente. Nas zonas ricas e pobres.
Os
direitos e deveres dos povos são iguais. O homem é o mesmo em toda
a parte. Foi criado à imagem e semelhança do Criador e não é,
consequentemente, um ser qualquer cuja natureza se possa modificar
ou alterar através de medidas científicas. O ser humano nunca será
nem ovelha, nem carneiro. Será sempre homem, dotada da inteligência
e da razão à Imagem de Deus. O contrário seria uma aberração e
uma anomalia.
Há um
princípio no catecismo de Pio X, que, mais ou menos, assim reza:
“Deus cuida e tem providência pelas
coisas criadas; conserva-as e dirige-as ao próprio fim, com amor,
bondade e sabedoria infinitas.”
É
esta a verdade insofismável que ninguém, por mais astuto e
inteligente que seja, poderá negar.
Não deixa saudades o
ano que findou. Um novo ano se inicia.
Que seja próspero e
feliz para todos !
Lajes do Pico,
Dezembro de 2015
Ermelindo Ávila
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