sábado, 24 de julho de 2010

Matriz Nova

A Ilha do Pico estava povoada há aproximadamente cinquenta anos. Os que aqui chegaram tiveram a preocupação de construir uma pequena igreja ou ermida, dedicada a S. Pedro, nome do primeiro Pároco, a qual fica “ao cabo da Vila a nordeste da barra e porto dela, pegada a um braço de terra que ali faz rio morto, a qual por ser pequena trataram de fazer outra a meio da vila, como efeito fizeram, no lugar que agora está, do orago da Santíssima Trindade, para cujo efeito lançaram uma finta em todos os moradores da ilha e nas fazendas dos Ausentes”. A ilha tinha ao tempo 45 moradores que contribuíram com 28$011 reis. Isto regista Frei Diogo das Chagas no “Espelho Cristalino...”.
No entanto, numa acta da Vereação pode ler-se: “Neste mesmo meio tempo (1509 a 1535) se acabou e fez a Igreja nova, que hoje tem, porque em o primeiro de Fevereiro de 1539 acordaram em Câmara se botasse finta para se lajear a igreja, que já parece estar acabada, pois a queriam lajear, e todo este tempo se deviam servir da antiga Igreja do Apóstolo S. Pedro.” A igreja tinha 30 metros de comprimento e 16,30 de largura. Isto nos narra Lacerda Machado na sua “História do concelho das Lajes. E diz que era idêntica à antiga igreja de S. Bárbara, demolida aquando da construção da actual.
A igreja foi, de facto construída no meio da vila, mas, devido aos temporais marítimos que a atingiram durante séculos, encontrava-se bastante arruinada, apesar das obras de beneficiação que foram executando através dos tempos. Assim, em 1792 construiu-se a Capela do Santíssimo e o escultor Agostinho de Mello construiu o respectivo retábulo e um crucifixo para a sacristia do clero além de outras reparações na capela baptismal e sacristia, tudo no valor de 594.150 reis.(Seria dessa época o sacrário que foi recuperado pelo antigo Pároco, Dr. Rogério Gomes, e que está servindo na actual Matriz? É de crer.)
Nesses anos foram executadas outras obras na Matriz tais como: portas travessas, soalho de todo o corpo e cruzeiro, quatro confessionários, lajeamento do pavimento da parte Norte e das paredes de todo o adro, caiamento de interiores e exteriores da igreja e capela, tudo no valor de 279.120 reis. Nas frestas, vidraças, entravamento e soalho da capela mor, em 1797 despendeu-se 119.357 reis.
Todavia, os Prelados da Diocese e os visitadores, por eles designados, em seus relatórios não deixavam de chamar a atenção para o estado de decadência em que se encontrava a antiga Matriz da Santíssima Trindade, o que levou a Junta de Paróquia desta vila a promover a construção de uma nova Igreja Matriz.
O projecto e a respectiva “Memória Descritiva” foram elaborados e assinados pelo antigo ouvidor e cura da Matriz, Pe. Francisco Xavier de Azevedo e Castro. Na “Memória Descritiva” diz ele: “A Matriz actual, de
proporções demasiadamente acanhadas e de uma construção muito fraca, não chega, ao menos, para um terço da população da freguesia.”
E, depois: “Nestas condições pois, tudo pedia e aconselhava uma construção totalmente nova. E esta necessidade é já de tantos tempos reconhecida, pois várias tentativas se têm feito neste sentido, todas infrutíferas, por muitas razões, mas das quais a principal tem sido a falta de meios para obra de tanto vulto.”
Referindo-se ao lugar, escreve: “Aproveita-se todo o terreno que circunda a Matriz actual, mas não foi possível acomodar o plano da nova Matriz na mesma direcção da velha, por ser curto.”
“Na sua elaboração (do Plano) atendeu-se à numerosa população da freguesia e à grande afluência de povos que nas festas principais vem de muitos pontos da Ilha.”
Embora já estivesse construída a igreja de São Bartolomeu, a paróquia da Matriz compreendia as zonas do Soldão às Terras e, em 1874, tinha 3.123 habitantes.
Segundo a “Memória Descritiva” em referência se escreve: “O pavimento da Igreja ficará elevado acima do pavimento da Matriz actual cerca de dois metros, condição indispensável para opor ao abrigo das águas”.
A igreja ficou com cerca de 20 metros de largura, (a nave central tem 10 metros de largura e as laterais 4 metros, e as colunas têm 0,70 de face). O comprimento é de 27,50 metros e a altura das torres de 22,20 metros. As paredes laterais têm 12,70 de altura.
A Memória a que me reporto está datada de 4 de Maio de 1895. Já então se realizava, desde 1883, a festa de Nossa Senhora de Lourdes.
A bênção e colocação da primeira pedra ocorreu em 7 de Julho de 1895. Ocorrem hoje 115 anos! Mas, acerca da Matriz e da sua trabalhosa construção, ainda há muito a dizer. Se me for permitido, lá chegarei...

Vila das Lajes
7 de Julho de 2010
Ermelindo Ávila

sábado, 17 de julho de 2010

OUTROS TEMPOS...NOVOS TEMPOS!

NOTAS DO MEU CANTINHO

Sessenta e cinco anos são decorridos sobre o fim da conflagração que ficou conhecida e ficou na história como a “segunda guerra mundial”.
Alguns ainda recordam esses tempos de carestia, de calamidades, de angústias e de sofrimento por vezes.
Portugal não entrou na guerra com as suas forças militares, que, mesmo assim, andavam de prevenção, mas não deixou de passar horas tormentosas e crises tamanhas.
Refiro-me hoje às carências de géneros de primeira necessidade e outros mais.
Tudo ou quase tudo era racionado e só se podia adquirir através de senhas passadas pela autoridade administrativa que as concedia conforme o número de pessoas de cada agregado familiar.
A carne de vaca não era propriamente racionada mas faltava quase sempre nos pequenos talhos que só abatiam uma vez por semana e nem sempre a horas certas.
Dizia-se que muitos desses produtos eram vendidos por candongueiros, através dos pequenos portos da Ilha, para os submarinos alemães que patrulhavam constantemente estes mares atlânticos. E de facto assim acontecia.
Um desses submarinos foi torpedeado pelos navios aliados, no Canal Faial – Pico e um ou dois outros foram atingidos no Canal Pico – São Jorge quando perseguiam um navio de transporte de tropas aliadas vindas da América e que estivera na Horta a reparar as avarias sofridas num anterior ataque.
Desse barco, dizia-se que muita margarina, que aliás ainda era mal conhecida, e cujas embalagens andavam à deriva no Canal, se utilizou nestas Ilhas, como se de manteiga de vaca se tratasse...
Parece que um dos tripulantes do submarino alemão atingido no Canal pelos navios aliados era o piloto o qual se recusou ser recolhido pelo vaso de guerra aliado, preferindo nadar, embora com grande perigo pois o mar estava ou tanto alteroso, até à costa do Pico onde foi recolhido por habitantes da Mirateca.
Mas, apesar disso, a escassez de géneros alimentares continuou.
Certa ocasião a Autoridade Administrativa lajense proibiu a saída de banha de porco, produzida no concelho, dado que aquela, que era posta à venda, não era suficiente para o abastecimento local.
As lanchas das Lajes “Lurdes” e “Hermínia” faziam viagens semanais entre o Sul do Pico e a Horta.
Numa certa semana uma deles carregou, num dos portos do Sul, algumas latas com banha para o Faial e, ao desembarcar no porto da Horta, a Guarda Fiscal, dando execução ao Edital da Edilidade Lajense, apreendeu toda a banha.
Do caso foi dado conhecimento ao Governador, pelos comerciantes importadores e o Magistrado, entrando em contacto com o Administrador Lajense, pediu-lhe para que suspendesse o embargo, visto tratar-se, alegava, de ilhas do mesmo Distrito. Um facto que só servia em dadas circunstâncias...E assim teve de acontecer.
Dado que os produtos eram distribuídos, através de senhas, o que já acontecera na guerra de 1914 – 1918, segundo o número de pessoas de família, como acima ficou dito, notava-se que havia certos açambarcamentos escusados. Isso se confirmou quando um respeitável cidadão, que vivia só e, consequentemente, apenas tinha direito a uma senha, pediu à Autoridade Administrativa para que lhe fosse aumentada a capitação de açúcar, pois era um produto que não podia dispensar para o seu tratamento. Revelou que até ali beneficiava de senhas de uma família numerosa que delas se não utilizava. Isso foi razão para que o assunto fosse levado à consideração da Autoridade Distrital a quem competia regulamentar o fornecimento e distribuição dos géneros pelos concelhos, propondo-se o aumento da quota de importação destinada ao concelho, com a condição da venda ser tornada livre. Assim aconteceu. E logo que foi conhecida a venda livre do produto, não mais foi necessário fazer novo racionamento nem o uso das senhas. Todavia outros produtos tiveram de manter-se sobre aquele regime, pois não era fácil controlar a sua venda aos consumidores.
Houve porém e sempre uma excepção: a farinha de trigo fornecida pela moagem da Horta para os Impérios do Espírito Santo. Para eles não houve racionamento bem como para os gastos de Coroa que se realizaram sem qualquer restrições.
Na realidade foram tempos difíceis quer para as populações quer para as Autoridades Administrativas, as quais até tinham de vigiar, através dos cabos de polícia, a iluminação das habitações com janelas voltadas ao mar para que os submarinos alemães não as pudessem localizar...
Novos tempos vivemos agora sem guerras, sem senhas, mas numa carestia nada inferior àquela que sofremos e suportámos naqueles anos já distantes de 1939-1945.


Vila das Lajes
09/07//2010
Ermelindo Ávila

segunda-feira, 12 de julho de 2010

O nosso Património Religioso

Não é a primeira vez que refira o património das igrejas da ilha do Pico. Algumas delas possuíam alfaias litúrgicas e peças de prata, de assinalável valor artístico, alem de imagens seculares, de uma riqueza escultórica tamanha.
Esse valioso património nem sempre foi devidamente cuidado, resultando por vezes o seu desaparecimento.
Para salvaguarda do Património Religioso, que eu saiba, apenas foi instituído na Diocese o Museu de Arte e Etnografia Religiosa, nos anexos do Convento dos Franciscanos, na cidade da Horta, por Decreto do Bispo de Angra, D. Manuel Afonso de Carvalho, datado de 16 de Agosto de 1963.
Estabelece esse decreto que “todos os objectos recolhidos e devidamente catalogados, pertencerão sempre às igrejas donde foram recolhidos, ficando bem explícita a origem de cada objecto.”
Sabe-se que, da Paróquia das Lajes, foram recolhidas, no Museu, algumas Imagens de apreciável valor histórico e escultural e que pertenciam à antiga Matriz. Estavam recolhidas na chama “Casa dos Terceiros”, anexa ao convento franciscano desta vila.
Instalado que foi, na igreja anexa ao referido convento lajense, o “Museu Missionário”, onde estão recolhidos diversos valores pertencentes a alguns dos antigos Missionários Picoenses, é tempo de regressarem àquela instituição os objectos actualmente recolhidos no Museu da Horta, e que lá devem estar devidamente inventariados, como determina o Decreto do Bispo de Angra.
E já que se fala em valores de arquivo, recordo aqui o precioso recheio da Igreja Paroquial da Piedade, e que está relacionado no Inventário a que procedeu a Comissão constituída nos termos da lei da Separação do Estado das Igrejas, por Joaquim Rocha Bettencourt, administrador do Concelho, Manuel Silveira Ávila Furtado, presidente da comissão administrativa paroquial e André Pereira de La-Cerda, aspirante de finanças.
Depois de descrever, em pormenor, o edifício da Igreja, bem construído, incluindo o Altar mor, e as Capelas de Nª Senhora do Rosário, do Coração de Jesus, de Nossa Senhora das Dores e das Almas, descreve o corpo da Igreja onde se encontra(va) o púlpito e o coreto com o órgão. Relaciona as 17 Imagens existentes nos altares. No altar mor a imagem Nossa Senhora da Piedade com o Senhor Morto, titular da Igreja, com diadema de prata. No Sacrário uma píxide de prata dourada pesando 965 Gramas. Alem dos resplendores e coroas de prata das imagens, tinha “uma lâmpada grande de prata que pesava catorze mil e setecentos gramas”, (14,700 kgs.) seis castiçais de prata, pesando l3, 000 kgs., uma custódia de prata, pesando 2,430 kgs. e uma outra também de prata dourada pesando 4,825 kgs., uma píxide de prata, com quatrocentos e trinta e cinco gramas, e outros objectos também de prata. Foram inventariados várias capas de asperges, casulas e dalmáticas em seda e das diversas cores litúrgicas. Possuía presbitério e passal.
Do Inventário consta também uma ermida de Santo Antão, na Ribeirinha, distante cinco quilómetros da igreja paroquial, com várias imagens com coroas e resplendores de prata e outros utensílios, entre eles um par de galhetas, um turíbulo, uma naveta, um cálice, um relicário, uma âmbula e cordão e uma coroa de prata, pesando tudo 2,760 kgs. Além disso possuía 3 cordões de ouro, uma Conceição e 12 brincos de orelha, pesando tudo 125 gramas.
Foi ainda arrolada, como pertencente à Paróquia, uma pequena Ermida no lugar da Manhenha, dedicada a São Tomé, distante da Igreja Paroquial mais de quatro quilómetros e que foi assim descrita: “É uma pequena ermida de pedra e cal, assoalhada, tendo uma só capela com um altar de madeira em obra de talha dourada em mau estado. Ao centro tem numa pienha a imagem de São Tomé e no nicho ao lado tem uma pequena imagem de Nossa Senhora das Mercês. No corpo da ermida tem um pequeno púlpito e um coro com escadas de acesso interiormente. Do lado direito tem uma pequena sacristia.”
Pelo inventário referido verifica-se que a Igreja de Nossa Senhora da Piedade, construída depois do abalo de terra de 1755, ficou concluída oito anos depois, segundo a tradição local.
Por razões que agora aqui não trago, a igreja da Piedade era aquela de possuía alfaias e vasos sagrados de maior valor . Não sei se ainda tudo lá existe. Pena é que o órgão tenha sido desmantelado e a grande lâmpada de prata esteja retirada do serviço.
Alguns dos valores que hajam sobrevivido, nestes cem anos decorridos, e que não estão em uso, podiam e deviam ser recolhidos no Museu Missionário, onde já estão recordadas as memórias de dois notáveis filhos da freguesia da Piedade: o Patriarca Dom José Vieira Alvernaz e seu Irmão, Monsenhor Manuel Vieira Alvernaz, este missionário que foi nos Estados Unidos da América.
As outras igrejas paroquiais da Ilha do Pico, como aliás as dos Açores, tinham e possuem seus valores mas, a não ser os tesouros da Sé, da Matriz de Ponta Delgada, e do Santuário de Santo Cristo, outra não conheço com tão valioso espólio. Isto, entenda-se, referido a 1912, um século decorrido.
Vila das Lajes
25 de Junho de 2010
Ermelindo Ávila

sábado, 10 de julho de 2010

Novo Lar


A ilha do Pico, segundo os dados estatísticos de que disponho neste momento, é das ilhas açorianas aquela que tem uma população mais envelhecida. Resulta daí que as Misericórdias da ilha, já que lhe foi vedado possuir hospitais – agora simples centros de saúde – para o tratamento de doentes como aliás era sua “vocação” desde que tais instituições foram estabelecidas em Portugal, passaram a criar asilos, hoje designados por “lares da terceira idade”. Um nome mais elegante mas cuja finalidade é a mesma: tratar dos velhos muitas vezes abandonados pelos familiares.
O primeiro foi criado pela Misericórdia da Madalena, que usufrui do legado de Terra Pinheiro, um benemérito que, no princípio do século XX legou ao concelho uma propriedade e avultada quantia para a criação de um hospital.
Depois foi a Misericórdia de São Roque, aproveitando o edifício do antigo hospital que lhe foi restituído, depois de ter sido construído no concelho um novo edifício hospitalar que, dizia-se, iria possuir as valências necessárias para atender os doentes da ilha, mesmo aqueles que necessitassem de alguma intervenção cirúrgica. A dar crédito ao que se anuncia agora, parece que o hospital de S. Roque não passará de mero centro de saúde, ou seja, concretamente, um conjunto de consultórios clínicos com alguns aparelhos de diagnóstico.
A Misericórdia das Lajes, a mais antiga de todas elas, instalou há anos, na freguesia da idade, um lar da terceira idade e agora um estabelecimento idêntico nas Lajes, que abriu no dia 5 do corrente, aproveitando um excelente edifício doado pela Senhora D. Olívia Santos, viúva do antigo comerciante Calvino Soares da Fonseca Santos, o qual foi convenientemente ampliado e adaptado.
Na sua especialidade o “Lar Calvino Santos” é um estabelecimento modelar, devidamente apetrechado com todos os utensílios e equipamentos modernos, capaz de proporcionar aos seus residentes aquele mínimo de conforto material que não foram capazes de encontrar nas próprias residências. No entanto nada poderá substituir o conforto espiritual e o bem estar de um ambiente familiar. É pena que a sociedade assim não compreenda essa amarga situação.
Hoje, por aqui, não encontramos pessoas de mão estendida a mendigar uma côdea de pão, muito embora aceitemos que haja uma “pobreza envergonhada” que não se manifesta. Todavia já se vêem algumas um tanto abandonadas pelos familiares, pois a instituição familiar passou a ter novas exigências e a ser considerada de maneira diferente. Nem todas, felizmente.
Os filhos são entregues nas creches e “jardins de infância”, enquanto os pais estão, ambos, nos respectivos empregos. Os pais, avós, ou outros familiares de que são responsáveis, são transferid0os para os asilos, que agora se denominam de lares, como quem deita um traste em desuso no caixote de lixo, E é pena. É mesmo doloroso que assim aconteça.
Não se contesta a “obra de misericórdia” que é a instalação e manutenção de um lar de idosos. Condena-se somente a sociedade que “obriga” à sua instalação.
A Misericórdia, ou Santa Casa da Misericórdia das Lajes do Pico, como atrás referi, é secular. O alvará de criação da Misericórdia, concedido pelo Rei D. Filipe I, data de 1592, sendo-lhe concedidos “os mesmos privilégios e liberdades de que gozavam o provedor e os irmãos das Misericórdias da Ilha Terceira e do Faial”.
No entanto, só em 1960 conseguiu ter um estabelecimento hospitalar que acabou por ser “nacionalizado” pela Revolução de Abril. Para o substituir deu-lhe o Governo um edifício para a instalação de um “Jardim de Infância” e, depois, um lar da terceira idade na Piedade, que vem funcionando há anos.
Agora chegou a vez da vila das Lajes possuir um estabelecimento que, refira-se, de concepção moderna servirá uma velhice que, cada vez mais vai aumentando.
No tempos actuais não deixa de representar, mesmo assim, uma nota de progresso, que se regista com aprazimento, pois a velhice do concelho deixará de sair do concelho para viver os últimos dias da sua abalada existência, como vinha acontecendo.
(crónica lida no programa Manhãs de Sábado de 10 Julho 2010)
Vila das Lajes.
Julho de 2010
Ermelindo Ávila