domingo, 31 de agosto de 2008

A VIRGEM DE MASSABIELLE

O Pico, a Ilha dos Marinheiros está em festa. Comemora aquele dia distante em que os baleeiros lajenses, depois de um dia de trabalhos e de lutas com o monstro marinho, se fizerem ao porto e nele se viram impedidos de entrar, como tantas vezes aconteceu, porque vagas alterosas tapavam a entrada. E foi nessa ocasião que a Virgem, vinte e cinco anos antes aparecida a Bernardete na Gruta de Massabielle, invocada insistentemente, em altos brados, pelas gentes da vila das Lajes, que circundavam o porto, amainou as ondas e os botes entraram sãos e salvos na Lagoa. Cento e vinte e cinco anos são decorridos. Os lajenses não mais esqueceram o “milagre” e, a partir desse dia redobrou a devoção e a confiança na Senhora de Lourdes, hoje considerada a Padroeira das Lajes e não só. Todo os picoenses confiam na protecção daquela Senhora, que “os tem salvado mil vezes”. Só não se compreende por que não Lhe haja sido outorgado esse justo título oficial.
Há cento e cinquenta anos a França vivia tempos de verdadeiro paganismo. O dia 11 de Fevereiro de 1858 – quarta-feira gorda – era o dia em que inaugurava “os regozijos profanos que antecedem as austeridades quaresmais”.
A Igreja católica, por seu lado, promovia actos de desagravo, seguidos pelos católicos que restavam da devassa da Revolução.
Em Lourdes, cidade dos Pirinéus, vivia com a sua pobreza, a família dos Soubirous. Todavia, com muito trabalho, procurava suprir, embora deficientemente, as carências domésticas. E escreve Henrique Lasserra: “...não tinha sequer um pouco de lenha para fazer o seu magro jantar”.
Coube à filha mais velha ir junto das margens do rio Gave apanhar lenha para fazer o jantar desse dia. E foi então, quando juntava os gravetos para fazer o seu feixe, juntamente com uma irmã e uma vizinha, que, junto de uma pequena gruta cavada na rocha que ficava na margem do rio, lhe apareceu “uma mulher de incomparável esplendor”.
“O vestuário, de um pano desconhecido (que trazia) e tecido sem dúvida na misteriosa fábrica, que veste o lírio dos vales, era branco como a pura neve das montanhas e de mais magnificência, na sua simplicidade, do que o trajo de Salomão na sua glória.
“O manto comprido chegava ao chão, com castas dobras, deixava aparecer os pés que pousavam no rochedo e pisavam levemente os ramos da roseira brava. Sobre cada um dos seus pés de virginal nudez desabrochava a Rosa mística , cor de ouro.
“Adiante um cinto azul celeste ligando-lhe a cintura, caía em duas pontas compridas, que chegavam quase aos pés. “ (Henr. Lasserre)
Em tempos recuados (não muitos...) as jovens picoenses tinham por norma cumprir “promessas” vestindo-se à Lourdes, como diziam: Uma túnica ou vestido branco preso na cintura com uma faixa ou fita azul cujas pontas desciam até à beira do vestido. Não deixava de ser elegante e de trajar bem a devota, que assim se apresentava, diariamente, quer em serviços, quer em actos religiosos ou cívicos. Um contraste com as actuais indumentárias, onde uma parte sensível do corpo não merece ser recolhida...
No mesmo sentido, as mais adultas, casadas ou viúvas, cumpriam promessas trajando à Carmo, ou seja vestido de cor castanha, com escapulário e cinto de coiro com pala. Em Angra, as senhoras usavam os vestidos encimados por um colarinho branco à volta do pescoço. E muitas trajavam assim durante toda a vida.
Hoje seria uma velharia ridícula para algumas...
Foi a primeira aparição d’Aquela que, no último dia das Aparições, havia de revelar o Seu Nome: EU SOU A IMACULADA CONCEIÇÃO!
Confirmava-se assim o dogma proclamado pelo Papa Pio IX, em
8 de Dezembro de 1654, pela bula INEFFABILIS DEUS e que a Igreja Universal celebrou festivamente, muito embora em Portugal já o rei D. João IV houvesse proclamado, de Vila Viçosa, em 25 de Março de 1646, a Imaculada Conceição - Padroeira de Portugal. Pelo Breve Eximia dilectissimi, de 8 de Maio de 1871, o Papa Clemente X, confirmava a proclamação de João IV.
Vinte e cinco anos decorridos sobre as aparições de Nossa Senhora em Lourdes, e apesar das dificuldades de comunicação que retardavam imenso a chegada de qualquer notícia a estas Ilhas, já os lajenses imploravam, publicamente, por intermédio da Virgem, a misericórdia divina, para os Baleeiros em perigo eminente. E o milagre aconteceu. E o voto, ao contrário de outros que caíram no esquecimento, é cumprido há cento e vinte e cinco anos!
A Virgem Imaculada aparecida em Lourdes, a uma inocente menina, filha do povo, está sempre presente, quando invocada, em todas as empresas. Ela não falta às Suas promessas.
A Virgem Imaculada aparecida a Bernardete, há 150 anos, continua
a ser, a protectora dos lajenses e picoenses. Que a Senhora vele por nós nestes tempos calamitosas que se aproximam.

Vila das Lajes
Agosto de 2008
Ermelindo Ávila

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

O NAVEGADOR GENUÍNO MADRUGA

A Ilha do Pico tem dado, ao longo da sua vida de mais de cinco séculos, homens notáveis e que se hão distinguido nas artes, na cultura e nas ciências.
Há instantes, os meios de comunicação social deram a notícia do navegador solitário GENUÍNO MADRUGA ter pisado terras de Timor. Emocionou-me a notícia tal como aconteceu quando o vi sair no seu veleiro pelo porto das Lajes rumo ao mar alto no início da volta ao mundo, faz precisamente agora um ano. E recordei a Família Madruga, a família do Genuíno. Uma Família amiga que nunca esquecerei.
A Ilha do Pico tem dado, ao longo da sua vida de mais de cinco séculos, homens notáveis e que se hão distinguido nas artes, na cultura e nas ciências.
A Família Madruga é uma Família de artistas. Os seus filhos andam por aí com seus trabalhos de pintura, como ontem executavam primorosamente a gravura. E não só aqui. Uma Madruga, imigrada no Brasil, lá se distinguiu como a artista Alex Madruga, festejada pela Imprensa.
Aqui lembro o Fernando, presentemente em Macau. Estava-se no tempo da chamada guerra colonial. O Fernando e outro companheiro, partiram, clandestinamente, para a Europa. Chegaram a Paris. O companheiro por aí ficou. O Fernando seguiu e um dia chegou à antiga possessão portuguesa de Macau. Por lá ficou. Estabeleceu-se na ilha de Coloane com café e restaurante, numa rústica cabana. Mas nem por isso lhe faltaram os fregueses. O café fornecido pelo Fernando era uma especialidade e toda a gente macaense, ou de visita, para lá corria a tomar a bica. Conversámos e perguntei-lhe se após a anexação, voltava ao Pico. Respondeu-me que ficaria, porque os chineses eram seus amigos. Gostavam dos pratos que apresentava e serviam-se das hortaliças que o Fernando cultivava no pequeno terreno que circundava o restaurante. Certo é que, passados meses, a Imprensa noticiou a concessão de um terreno, em território chinês, para o Fernando fazer horta.
O Dr. Manuel Alexandre Madruga, licenciado em Belas Artes, ficou pela Horta como professor. Os filhos ingressaram igualmente nessa área artística: são arquitectos e pintores. E recordo, igualmente, o Pe Genuíno Madruga, um segundo Pe Américo.
E aqui impõe-se lembrar uma Senhora que me impressionou na adolescência distante. Refiro D. Maria das Dores Madruga, professora em São João, sua terra natal, que leccionou até ao limite de idade – 70 anos – e que sofreu imenso ao abandonar as alunas, passando todos os dias pelo edifício escolar à hora da abertura da escola. Não se conformava que a lei lhe impusesse tão brusca saída, tal a dedicação que votava ao Ensino e, sobretudo, às suas alunas.
O irmão, Manuel Alexandre Madruga sénior, era proprietário de terrenos ao sul desta vila. No tempo não havia veículos motorizados. Era o seu carro de um só boi que, diariamente, fazia a viagem de São João às terras da Queimada. E fazia-o sem pressas, muito calmamente. E se vinha de madrugada, a noite levava-o a casa. Era uma pessoa extraordinária. É o tronco de todos os Madrugas. À descendência transmitiu a calma, a serenidade, a inteligência...
O Genuíno, depois de descer o Atlântico, passar o cabo Horn, um feito notável, atravessar o Pacífico, costeando ilhas e ilhotas, chegou à antiga ilha portuguesa de Timor. Foi recebido festivamente pelos muitos portugueses que ainda lá se encontram e, talvez, por alguns nativos.
Timor é uma terra muito querida para os picoenses. Por lá andaram Dom Jaime Garcia Goulart, seu primeiro Bispo, o Pe. José Pereira da Silva Brum, o Pe. Isidoro da Silva Alves, o Pe. José Carlos Vieira Simplício, e outros mais.
Quem não recorda a odisseia do Pe. Brum, que aqui chegou com um grupo de sete alunos, que passaram a frequentar o Externato Lajense, e que, depois, caminharam para o continente, onde reorganizaram suas vidas. Um deles voltou a Timor já sacerdote.
Foi nessa terra que Genuíno Madruga acaba de aportar com o seu “Hemingway“. Vai refazer energias, reabastecer-se, restaurar o barco, para regressar à Terra-Mater.
Cá o esperamos com prazer e alegria... os que cá estiverem...

Vila Baleeira,
12-08-2008
Ermelindo Ávila

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

A CANOA BALEEIRA

Quando se presta a homenagem que é devida e merecida, a Mestre Francisco José Machado e/ou à Família dos Mestres Experientes ou Machados ?
As Lajes do Pico pode orgulhar-se de possuir a patente de invenção da Canoa Baleeira, que agora só é utilizada em regatas locais, nacionais e internacionais.
A história da sua criação anda por aí, nem sempre de harmonia com a verdade. Convém por isso repeti-la, para que justiça seja feita a quem teve a ideia de substituir a antiga baleeira importada dos Estados Unidos da América por um novo tipo, maior, mais elegante e veloz.
E vou repetir o que anteriormente escrevi sobre este assunto (Crónicas da Minha Ilha, Vol. II, ´pag.82 – 2002):
Francisco José Machado desde novo teve a vocação para a construção naval. Não encontrando quem o quisesse ensinar, abalançou-se a construir uma pequena embarcação que registou na Delegação Marítima com o nome de “Experiência”. Daí passou a ser conhecido por “Mestre Experiente”.
Depois, servindo-se de uma canoa baleeira daquelas que então eram importadas dos Estados Unidos, construiu a primeira canoa, muito mais aperfeiçoada e elegante, e que denominou de “São José”. Mas volto ao que escrevi há seis anos, e repito: “Foi este artista que construiu o primeiro bote ou canoa baleeira nos Açores, embora tomando por modelo, que soube aperfeiçoar com arte e esmerada técnica, as canoas que, até então, eram importadas dos Estados Unidos da América.“
Barco de uma elegância e beleza estética, que ainda hoje não existe outra que a iguale. Tanto assim, que o Museu de New Bedford (ou outra entidade americana, não posso afirmá-lo, neste momento) mandou construir, por um calafate picoense, o Mestre João Silveira Tavares, de Santa Cruz das Ribeiras, duas canoas para a sua escolta de regatas à vela e a remos.
Depois do Mestre Francisco José, - que, além de outras canoas e embarcações, também construiu as lanchas de passageiros e carga, “Lourdes” e “Hermínia”, as quais, durante dezenas de anos, prestaram óptimos serviços às populações do Sul do Pico e Faial, - os filhos Manuel José Machado, António José Machado e Joaquim José Machado continuaram a construir canoas, lanchas motorizadas e bateis de pesca. Nas Lajes, dedicou-se a igual actividade António dos Santos Fonseca, construindo. na década de vinte, a “Margarida”, primeira lancha baleeira e, depois, algumas canoas, entre elas a “Liberdade” e a “Maria Celeste”. E, pelo Pico além, foram surgindo outros calafates, cujas canoas tinham por modelo aquela que primeiro havia construído o mestre Francisco José Machado. E construíram-se canoas para todas as Ilhas dos Açores e Madeira, onde se explorava a caça à baleia.
Com a proibição da caça, as canoas, foram adquiridas pelo Governo Região e distribuídas por diversas entidades, incluindo Juntas de Freguesia, que passaram a utilizá-las em regatas desportivas. Daí não veio nem vem mal algum. Só se não compreende que, sendo embarcações que tiveram um destino específico, fossem distribuídas por portos onde, ao que julgo, nunca existiu a actividade baleeira.
Em regatas, sempre foram utilizadas as canoas baleeiras, e basta trazer aqui o que escreve Marcelino de Lima nos “Anais do Município da Horta”, referindo-se à visita de Suas Majestades o Rei Dom Carlos e a Rainha D. Amélia, em 28 de Junho de 1901: “ Diversos arcos triunfais se levantaram nas ruas do trajecto (do Cais â Câmara Municipal), destacando-se o armado pelas companhias baleeiras.” “No segundo dia, depois de ouvir missa, visitaram os navios estrangeiros, seguindo depois para bordo do S. Gabriel, donde assistiram a uma regata à vela e a remos, de canoas baleeiras e embarcações de recreio.” Sabe-se que venceram as regatas as canoas do porto das Lajes e tão agradado ficou Dom Carlos, que ofereceu às armações lajenses, participantes nas regatas, uma canoa baleeira.
O cientista, Professor Almeida Langhans, há anos de passagem nesta Vila, entrevistou o construtor Manuel Alves Machado, neto do Mestre Francisco José Machado, que lhe fez uma descrição bastante pormenorizada da construção da canoa baleeira.(Existe uma cópia desse documento no Museu dos Baleeiros).
O Professor Langhans refere-se a “esse portento da arquitectura naval que é a Canoa Baleeira Açoriana”, ou esse espantoso bote, que é a canoa baleeira e que outros cientes já consideraram como a embarcação mais bela do Mundo. Será? Assim o creio..
Felizmente, uma das canoas construídas pela Família Machado,- a “Santa Teresinha” - está arrecadada e exposta no Museu dos Baleeiros. Mas é pena que as canoas tenham saído do seu “meio ambiente” e fossem parar a outros portos sem qualquer tradição baleeira. Ao menos que as conservem como rico património histórico de uma actividade que foi florescente e que, hoje ainda, mal conhecida é.!
Já agora e a propósito: quando se presta a homenagem que é devida e merecida a Mestre Francisco José Machado e/ou à família dos Mestres Experientes ou Machados?
Vila Baleeira,
21 de Julho de 2008
Ermelindo Ávila

domingo, 10 de agosto de 2008

BOM JESUS MILAGROSO

A ilha do Pico está em festa. Festas religiosas, festas cívicas. E nestas há sempre um fundo religioso, quando acontecem ao domingo. É uma tradição bastante antiga e que o povo picoense ainda não abandonou. Mas hoje fiquemos pela festa religiosa do Bom Jesus Milagroso. Realiza-se nas freguesias de São Mateus e da Calheta de Nesquim. Duas festas idênticas dedicadas ao mesmo Senhor, Rei do Céu e da Terra e que Pilatos, o timorato e cobarde Governador Romano, coroou de espinhos e vestiu com escárnio com uma reles capa, colocando-Lhe nas mãos, como cetro, uma cana verde.
É esse Senhor, que os católicos picoenses veneram em Imagens de excelente escultura que inspiram fé, piedade e amor. O Senhor a que muitos cristãos recorrem em horas de aflição e angústia, que não poucas são.
Em 1862 Francisco Ferreira Goulart, estando imigrado no Rio de Janeiro adquiriu ali e ofereceu à sua freguesia natal a Imagem do Bom Jesus. Logo que ela foi intronizada na paroquial de São Mateus, iniciaram-se as festas no dia 6 de Agosto que o calendário romano dedica à Festa da Transfiguração do Senhor.
E, a propósito desta solenidade escreveu o lajense, D. João Paulino:”Em 1882 no mês de Agosto passava pela freguesia de S. Mateus da ilha do Pico, por ocasião da festa que anualmente ali se celebra no dia 6 em honra do Bom Jesus um sacerdote da vila das Lajes da mesma ilha. Viu e admirou o entusiasmo religioso da imensa multidão de fieis que de todos os pontos da ilha e de fora dela ali haviam concorrido impelidos pela devoção à imagem do Senhor Ecce Homo que sob aquela invocação se venera na igreja da freguesia. Não é longa esta devoção .Há trinta anos não havia ali a imagem do Senhor que dela é objecto. Contudo é hoje tão popular em toda a ilha e tão conhecida fóra dela nas demais ilhas dos Açores e até de países estrangeiros pelos bons filhos destas terras, que durante os dois dias da festa e véspera a igreja, suas imediações e as ruas principais ofereciam de contínuo espectáculo dum formigueiro de povo, que se comprimia, acotovelava e remexia em todos os sentidos.”
Era penoso ir ao “Bom Jesus de Longe”, como dizia o povo. E daí, uma devota da Calheta de Nesquim, ter adquirido, no princípio do século passado, uma idêntica Imagem do Bom Jesus para a sua Igreja Paroquial, que passou a realizar a Festa, com toda a pompa, no mesmo dia 6 de Agosto. E ainda hoje essa solenidade se realiza, com grande afluência de fiéis, muito embora ainda se encontrem devotos que preferem ir ao “Bom Jesus de Longe”.
O dia 6 de Agosto é dia de festa para toda a Ilha. A paroquial de São Mateus, por instâncias do antigo e falecido Pároco, Pe. António Filipe Madruga, é hoje Matriz e Santuário do Bom Jesus. Todos os Bispos Diocesanos têm particular atenção por esta solenidade e quase sempre a ela presidem.
E lembrando o Pe. Filipe Madruga, recordo os antigos párocos P. Manuel Matos, Pe. José Garcia de Lemos e Pe. Joaquim Vieira da Rosa, este, naturalmente o grande administrador e homem de personalidade forte e que largos anos paroquiou em S. Mateus, até ao fal3cimento.
De recordar ainda o Professor José Inácio Garcia de Lemos, uma das figuras de maior relevo do concelho, onde exerceu, em períodos diferentes, o cargo de Presidente da Câmara. Mas é como colaborador da Paróquia que aqui o trago. Foi organista, tinha a seu cargo a organização externa das festas do Bom Jesus e, na memória de alguns, ficou aquele dia em que, regeu o Hino do Bom Jesus, executado pelas filarmónicas presentes nas solenidades, um acto que, pelo brilho que imprimiu às mesmas, causou a maior admiração e aplauso da assistência.
Agosto é o mês das festas religiosas do Pico, sem esquecer a festa da Padroeira da Madalena, realizada com solenidade, na segunda quinzena de Julho.
A ilha do Pico, nestas semanas de Julho e Agosto fica com a população duplicada ou mesmo triplicada. São os picoenses que vêm gozar férias; os emigrantes que, num retorno saudoso, aqui aparecem para passar estas semanas com amigos e familiares e assistirem às suas tradicionais festas religiosas; são os turistas estrangeiros que aproveitando o clima da ilha, aqui vêm, alguns quatro e cinco anos seguidos, para retemperar forças para os trabalhos do novo ano.
Todos vivem estas semanas com alegria, conforto e bem-estar, recordando o passado, convivendo com as pessoas de família ou amigos e até com aqueles que vão encontrando e que agora aqui habitam.
Bem vindos sejam!

Vila das Lajes,

29 de Julho de 2008
Ermelindo Ávila