Chegados somos ao mês de Dezembro. Um mês que e para muitos um mês de encantos. Vem as férias, vem o Natal com as suas guloseimas, jantares de classes, pantagruélicas ceias, os bolos reis, os doces para os mais novos e as prendas para todos, grados e miúdos, que todos as esperam e apreciam.
Mas é também um mês de dificuldades, por vezes, para aqueles que têm de fechar as contas e dar balanço às suas actividades comerciais do ano. E até os serviços públicos, depois de discutirem os programas de actividade do próximo ano, procuram encerrar as gerências com equilíbrio financeiro.
É pois um mês de contrastes. Um mês que nem sempre é de alegria e de felicidade. Mas não deixa de ser também um sempre desejado e querido. As famílias esquecem, por vezes, os infortúnios e as arrelias, para se juntarem no dia do Natal, na comemoração do Nascimento do Salvador, para u8ns, ou a chamada festa da Família, para outros.
Para os mais entrados na idade, os da chamada terceira idade, os velhos, afinal, são dias de recordações nem sempre alegres. Alguns, recolhidos aos seus pequenos quartos de dor e sofrimento, volvem-se para o passado distante e trazem à mente uma juventude buliçosa e despreocupada, alegre e folgazã, em que não se pensava no futuro mas se viviam dias de despreocupação e de felicidade. Outros, um pouco mais recolhidos, lembram a família, a mulher e os filhos, os dias de alegria vividos na infância deles, com alguma despreocupação, julgando o futuro muito distante e sem preocupações. Hoje, que todos se foram,uns para a sua viagem final, outros para meios diferentes, encontram-se sós, mesmo abandonados, num chamado “lar da terceira idade”, os antigos asilos de velhos e de velhas. E vivem numa tristeza, numa nostalgia, num desconforto moral, esperando que a viagem final também lhes chegue...
É, pois, um mês de contradições. Um mês de alegrias e tristezas. Um mês de saudades sem fim.
Mas, mesmo assim, é o mês em que se comemora o nascimento do Menino Jesus no Presépio de Belém. Há mais luzes e decorações nas casas. As ruas são melhor iluminadas. As Igrejas vestem as mais ricas ou vistosas galas para a grande noite, e as salas das sociedades recreativas enchem-se de festões e luzes para as grandes noites dos bailes e reuniões dançantes, folgas ou entretenimentos teatrais
Apesar de tamanhos contrastes,vale a pena viver estes dias de contrastes tamanhos. Vivê-los com ALEGRIA, PAZ E ESPERANLÇA, esquecendo o passado e preparando com alegria o futuro temporal-eterno.
Está a chegar o Natal. As crianças aguardam com um frenesim incontido, as prendas do Menino Jesus, para uns; ou do Pai Natal, para outros. Os pais e os mais adiantados na idade vão adquirindo as prendas, pondo-as a recato, para as trocarem no grande dia. Uma tradição que fica bem e ameniza, ao menos por horas, as agruras da vida.
Aqui e ali já se vêm os anúncios para os encontros das classes. Professores, funcionários dos diversos serviços, amigos de perto e de longe. Um movimento de confraternização que deve ser acolhido e vivido com alegria respeito mútuo.
Que venha o Natal e que todos o celebrem em paz, alegria e amor.
Bom dia!
(Crónica para o programa Manhãs de Sábado de 4-12.09)
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