sexta-feira, 22 de outubro de 2010

BUSTOS E MONUMENTOS - 6

29 - Os Pastores de São João – Na Monografia que publicou no Boletim do Núcleo Cultural da Horta (Vol.1-nº.2) o Dr. Manuel Alexandre Madruga refere “A indústria do queijo, originária da própria freguesia, pois foi ali que se fabricou o primeiro queijo do Pico...” A indústria conseguiu grande fama, quer nas ilhas quer no continente, “Ainda hoje se fabrica queijo em S, João, como há uma centena de anos, utilizando-se os processos que permitiram a sua grande fama“, como diz o mesmo autor. O Decreto nº 19:669, de 30 de Abril de 1931, publicado quando era Ministro da Agricultura o picoense, Coronel Henrique Linhares de Lima. estipulou que “Á indústria caseira da Ilha do Pico é permitido o fabrico de queijo completo, tipo Pico (S. João). Não resultou a execução do decreto governamental. Os Serviços respectivos tornaram-se em meros fiscais, obrigando os produtores a cumprir exigências por vezes inaceitáveis. Mas o queijo de S. João não deixou de fabricar-se em moldes caseiros e a ter procura dos consumidores. Os pastores continuaram a palmilhar veredas e atalhos para recolher, todas as manhãs, lá nas pastagens do alto, o leite das suas vacas. Tal como o baleeiro picoense, o pastor é quase um herói, mormente nos tempos que decorrem, em que as dificuldades são enormes. Bem mereceram o monumento – o pastor e a pastora, sua companheira, que a respectiva Junta de Freguesia lhe dedicou.

30 - Monumento ao Baleeiro de S. Roque. Na plataforma em frente à antiga fábrica da baleia das Armações Reunidas, hoje transformada em Museu da Indústria Baleeira, a Câmara Municipal mandou colocar um monumento dedicado Baleeiro. Foi inaugurado no dia 27 de Julho de 2000, sendo presidente da Câmara o Engenheiro Manuel Joaquim Neves da Costa, conforme a placa no mesmo colocada. O Monumento representa uma canoa com um trancador empunhando um arpão em gesto de o enviar a um cachalote. Uma homenagem bastante expressiva àqueles que, durante tantas dezenas de anos, se dedicaram à arriscada faina.

31- Homenagem aos primeiros povoadores - Em S. Miguel Arcanjo ergue-se um monumento,”Uma cruz, lavrada em escórias basálticas assinalando no sopé desta extinta cratera vulcânica, (o Cabeço de S. Miguel Arcanjo), a vivência dos seus antepassados”. Nele foi descerrada uma placa em bronze que diz: “Homenagem da Câmara Municipal de S. Roque do Pico aos Primeiros Povoadores que no século XV fixaram residência no Cabeço de S. Miguel Arcanjo - 21 de Setembro de 1992.

32 - Monumento aos militares que lutaram no Ultramar – Em quase todas as freguesias da Ilha vem sendo colocados, todos os anos, ora numa ora noutra, placas com os nomes dos militares que serviram na guerra colonial. Homenagens merecidas a quem perdeu a vida ou a desgastou ao serviço de Portugal, nas antigas Províncias Ultramarinas. A Ilha conta umas boas centenas de jovens que por lá andaram. Infelizmente nem todos voltaram. A pedra - monumento erigido no largo em frente à Matriz desta vila, tem a seguinte inscrição: “Homenagem às vítimas da guerra colonial e aos cidadãos deste concelho que nela perderam a vida:

Gabriel Pereira Bagaço – 29 - 07 - 1968 – Guiné

José Leal Goulart – 2 - 04 - 1971 - Angola

António Alberto Machado Garcia - 14 – 07 – 1970 – Angola

José Cardoso Carias - 28- 09 – 1962 - Angola

José Vieira da Silva Cardoso - 17 – l2 – 1965 – Moçambique

Gabriel Jorge da Silva - 11 – 03 – 1969 – Moçambique

Silvino Barbosa Amaral - 15 . 11- l973 – Moçambique.”

Impossível é outras referir, por se tornar extenso em demasia esta nota de homenagem que, afinal, a todos deseja envolver com respeito e gratidão.


Vila das Lajes,

29 – Setº - 2010

Ermelindo Ávila


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