Percorri
várias das Ilhas açorianas, em encontros diversos: uns por dever
da profissão que então exercia, outros por convite de amigos que me
consideravam membro da mesma “confraria”.
E
foi assim que tive o prazer, grato prazer, de encontrar diversas
personalidades, quer destas Ilhas, quer do Continente ou até mesmo
do Estrangeiro.
Recordo
ainda alguns que já eram elementos festejados das Letras e que, até
então, só conhecia de nome.
Em
diversos desses encontros tive ocasião de apresentar, afoitadamente,
alguns estudos sobre os temas a que me tenho dedicado. Vários
encontram-se arquivados nos livros desses congressos, por
determinação, que não minha, dos respectivos promotores.
Agora,
neste meu recanto, vou recordando algumas dessas distintas
personalidades que já partiram, como foi o caso mais recente do
falecimento de Manuel Machado, escritor radicado em Oslo, onde foi
director da respectiva Biblioteca.
Já
desapareceram Pedro da Silveira, poeta florentino há muito radicado
em Lisboa, Madalena Ferin, mariense, também vivendo na capital
portuguesa, Dias de Melo, “velho amigo “ como me tratava, quase
“de casa”. Daniel de Sá, bondoso e distinto amigo de largos
tempos. À colação trago também Almeida Firmino e o P. José
Idalmiro. Eu sei lá!... Uma quase infinidade deles, que já
partiram...
Da
carreira profissional, que bons amigos já perdi. Quase todos: - João
Gabriel de Ávila, João Branco, Raul Correia da Silva, Manuel de
Madeiros Resende, e outros mais. Que óptimos momentos passamos
juntos nessas tertúlias “profissionais”, que mais serviam para
encontros de velhos amigos...
Não
posso nem devo esquecer o Dr. Carreiro da Costa, Victor Pedroso,
Silva Júnior, Emanuel Felix e João Afonso, para só estes trazer à
barra. Ficam outros mais que nunca serão esquecidos mas não tenho
coragem, por razões várias, de aqui trazer. E que bons Amigos que
foram, muito embora sempre os haja considerado como personalidades
superiores, de alta craveira social e cultural. Só um lembro hoje,
por ser conterrâneo e amigo de velha data: o Doutor José Enes,
falecido no ano findo.
De
alguns deles guardo ofertas de seus livros com deferentes autógrafos
muito simpáticos e bastante amigos. Os livros para aí ficam para
serem, provavelmente, apreciados mais tarde...
Dos
vivos, poucos embora, não trago aqui seus nomes. Eles compreenderão
o resguardo...
Conheci
Manuel Machado num dos referidos encontros. Viera propositadamente da
Noruega onde viveu, como acima disse, os últimos anos, depois de
andar pela França e pela Inglaterra. Era natural das Lajes, ilha
Terceira. Intelectual de festejado mérito, deixou uma obra
literária, em português e em norueguês, de considerável valor,
alguma dela publicada em Portugal.
Neste
recordar saudoso dos tempos que passaram e dos Amigos que já
partiram, há naturalmente lacunas que peço me relevem, pois a
memória, cansada que está, já não tem possibilidades de tudo e
todos referir. Fica somente este singelo apontamento a recordar
Figuras e factos que passaram na minha vida e que não voltam. Uma
palavra de homenagem para todos, vivos e falecidos!
Lajes
do Pico,
7
de Janeiro de 2015
Ermelindo
Ávila
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