sábado, 18 de dezembro de 2010

MANHÃS DE SÁBADO18-12-2010


Nas minhas últimas crónicas tenho referido, com alguma regularidade, as festas do Natal. Afinal estamos na época própria e é sempre agradável recordar o passado, curto ou distante, em que a Festa era esperada com ansiedade e grande entusiasmo.

Hoje é tudo tão diferente. Já não esperamos prendas, nem a consoada, nem as visitas das famílias amigas. É tudo passado, que não esquecido.

Todos os anos é recordado o nascimento do Menino. Uns com sentimento religioso, outros como época de prendas e de encontros de famílias.

Verdade seja que nenhum acontecimento no Mundo teve e tem tamanha repercussão. Nenhum é comemorado há 2010 anos. Todos os outros têm vida efémera. Passado o entusiasmo das primeiras horas, volvem-se ao esquecimento e mais tarde, para os recordar, há que fazer grandes investigações históricas.

O Natal não precisa de novas investigações. Está nos Evangelhos que os chamados apóstolos evangelistas – Lucas, Mateus, Matias e João escreveram.

Vale a pena viver o Natal. Seja a celebração do Menino Deus numa cabana de animais na cidade de Belém, seja a hoje chamada “Festa da Família”.

O povo cristão vive com alegria sã estes dias de Dezembro invernoso e frio, acalentado por uma fé muito antiga mas sempre nova .

O menino Jesus no seu tempo não teve nem prendas nem bolos de Natal. Viveu pobre e ignorado. Apenas doze anos completos se manifestou no Templo aos doutores da Lei para, depois, se recolher à pobre casa de Nazaré, sujeito a Maria e a José.

Aos trinta anos rodeou-se de doze homens rudes que o acompanhavam em todas as caminhadas apostólicas, para celebrar com eles, e só com eles, a ceia pascal, como era tradição judaica. Para o repasto não convidou mais ninguém, nem os Evangelhos, os livros que contèm a história da vida Cristo, referem sequer sua Mãe. E foi nessa última Ceia que instituiu os doze seus Ministros. Depois de abençoar o pão e o vinho, disse-lhes: Fazei isto em memória de mim. A eles e só a eles, homens rudes e simples, transmitiu o poder e o privilégio de renovar o pão e o vinho no Seu Corpo e Sangue; a eles e aos seus sucessores, que não a outros ou outras.

Os católicos continuam a celebrar o Nascimento do Salvador: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade e também àqueles que aceitam viver segundo o evangelho, narração verdadeira da Palavra do Senhor.

Glória ao Menino nascido em Belém de Judá!

Vila das Lajes,

12 de Dezº. de 2010.

Ermelindo Ávila

2 comentários:

Orlanda Ávila Espada disse...

muito bonito primo Ermelindo. Um Feliz e Santo Natal para toda a família. Beijinho

Anónimo disse...

São sempre saborosas estas crónicas fruto duma vivência cristã, sádia e muito penosa, mas cheias de verdades muito sentidas e que hoje não existe infelizmente.
Santo Natal e muitos anos de vida para continuar a transmitir, com autoridades estes santos ensinamentos.