sábado, 18 de dezembro de 2010

MANHÃS DE SÁBADO 11 - Dezº-2010


Dentro de quinze dias é Natal. Já se vai notando por aí um ar festivo, embora a crise que se anuncia e realmente se vive, não permita grandes e estrondosas manifestações de festa.

As árvores do Natal, que aparecem, são mais simples. As prendas mais modestas, Algumas mesas da ceia do Natal mais frugais. É, na realidade, “o cinto que se aperta”.

Mas de quem é a responsabilidade?

. Pois se povo continua a sua vida modesta, imposta por ordenados e salários baixos e por uma contínua alta de preços, até nos produtos essenciais à vida...

A maioria dos grandes, aqueles que apregoam a crise, nem sabem o que ela é. A alta finança continua a manobrar-se livremente, mantendo os dividendos e os demais rendimentos que auferem das respectivas empresas.

Os pobres, esses sim, são dignos de uma atenção que esporadicamente lhes é prestada. E basta ver o que todos os dias nos apresenta a TV: Os refeitórios comunitários cheios de gente à espera de um prato de sopa, ou a procurar, nos caixotes de lixo, os restos de alimentos dos restaurantes e hotéis. E aqueles que passam as noites na rua - os sem abrigo - à falta de um espaço acolhedor onde possam dormir?

É chocante ver as reportagens que se fazem destas situações de miséria, para as quais os movimentos de solidariedade que surgem por aí, são incapazes, naturalmente por falta de meios, de lhes acudir. E os casos de penúria não são apenas aqueles de que se fazem eco os chamados orgãos da comunicação social mas sobretudo os outros, encobertos e ignorados de uma parte da sociedade.

Dão-se noticias dos movimentos de solidariedade da época natalícia. E o resto do ano? Só haverá fome e miséria nesta quadra festiva?

Época natalícia... Todos procuram vive-la o melhor que lhes é possível. As ruas das vilas e cidades vão-se enfeitando com luzes de cores variegadas. As casas vão armando os presépios, nem todas com certeza, e levantando as Árvores do Natal.

Nestas pequenas terras a generalidade das pessoas procura, o melhor que pode, preparar a ceia do Natal, numa tradição familiar de confraternização e amizade. É o que por cá se regista, principalmente nas colectividades oficiais e particulares. E ainda bem que isso acontece.

Na verdade, no decorrer do ano, o Natal é uma época diferente na qual recordarmos aquele Menino que nasceu pobre e para o qual os Pais nem tiveram uma enxerga para o reclinar.

Está o povo cristão a comemorar o nascimento do Redentor. Na evocação dos Anjos, na Noite Santa, pelas Igrejas ainda ressoa o Glória in excelsis Deo. E nos lares cristãos, que aliás bem poucos vão sendo – basta ter presentes as estatísticas que nos indicam os casamentos católicos que ainda se realizam, - levantam-se pequenos altares em homenagem ao Infante Santo.


Valha-nos isso!

Bom dia!


6 de Dezembro de 2010.

Ermelindo Ávila

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