Uma nova manhã de sábado surge nas manhãs da nossa vida. E Elas são sempre esperadas com grande ansiedade. Despertamos para um dia novo, onde não faltam as surpresas. Elas aparecem quando menos as esperamos. Mas importa estarmos sempre preparados para as receber. São os ventos que sopram, sem que a Meteorologia os anuncie. São as chuvas e os frios que aparecem mais cedo do que o habitual. São as tempestades que assolam o mundo, aqui e ali deixando a morte, a fome, o frio... São as desgraças e calamidades. É a destruição dos bens materiais e a morte de inofensivas pessoas. São os problemas internos que, por vezes, quantas !, nos atormentam.
Todavia nem tudo são tristezas, angústias e penares. Há também alegrias e esperanças, que uma manhã diferente nos anuncia com o raiar esplendoroso do sol nascente. E como sabe bem, consola a alma e o espírito, nesses dias, quase primaveris, olhar a nossa montanha, límpida, imponente, onde os primeiros raios do sol se reflectem , numa beleza ímpar, plena de encanto e magia. Mesmo que seja a estação invernosa porque a Montanha, como disse um Poeta nosso , Doutor José Enes - : o Pico é a
Todavia nem tudo são tristezas, angústias e penares. Há também alegrias e esperanças, que uma manhã diferente nos anuncia com o raiar esplendoroso do sol nascente. E como sabe bem, consola a alma e o espírito, nesses dias, quase primaveris, olhar a nossa montanha, límpida, imponente, onde os primeiros raios do sol se reflectem , numa beleza ímpar, plena de encanto e magia. Mesmo que seja a estação invernosa porque a Montanha, como disse um Poeta nosso , Doutor José Enes - : o Pico é a
“Montanha do meu segredo,
Montanha do meu destino:
Montanha da minha dor;
Montanha do meu chorar;
Da minha louca ambição;
Montanha da minha sorte;.
Ilha de poetas. Abundam as produções literárias do género. E se esses aqui não nasceram que, tão inspiradamente, souberam enaltecer a ilha em versos delicados, pela ilha se enamoraram, e, até, quantos aqui ficaram!
“Ilha Maior”, a cognominou o malogrado poeta Almeida Firmino que, nascido em terras alentejanas, no Pico veio terminar uma vida curta, com uma alma repleta de Poesia, deixando uma obra de inestimável valor.
Roberto de Mesquita, consagrado poeta florentino, aqui principiou sua vida profissional, e, talvez no isolamento da ilha, por cá nascesse a verve da sua inspiração poética, fazendo dele um dos maiores Poetas portugueses.
E que dizer de Josefina Canto e Castro? Uma poetisa que, quer em prosa quer em verso, tinha palavras belas quando referia o Pico, a ilha do seu encantamento?!
Amélia Ernestina de Avelar, nasceu na Vila da Madalena em l de Maio de 1949 e faleceu em Angra em 1887, apenas com 38 anos.
Ensaios Poéticos, que a neta Maria Avelar Medeiros Leonardo publicou em 1949, (62 anos após o falecimento da Poetisa) é o seu livro de poesia. Vale a pena escutar algumas passagens do poema Meu Pico:
Pico, meu Pico, eis-te agora
como eu gosto de te ver,
a fronte dominadora
sem tristes véus a erguer
........................................
Ó Pico, assim imponente,
que graça tens a ostentar,
quando a luz do sol poente
vem tua fronte dourar!...
...........................................
Quando a madrugada apenas
principia a alvorecer,
entre jasmins e açucenas
gosto tanto de o entrever...
............................................
No prefácio destes “Ensaios Poéticos”, escreveu outro festejado Poeta faialense, Osório Goularte, e cito: No livro desta Poetisa há um poema consagrado à sua pequena pátria – O MEU PICO – em que ela descreve os vários aspectos daquela montanha com indicações barométricas de estado atmosférico, pois muitas vezes: “Profectiza o temporal, - a guerra dos elementos, - a fúria solta dos ventos”.
E, referindo-se à poetisa, diz ainda Osório Goulart: “Amélia Ernestina Avelar viveu na época da literatura romântica e, por isso, todos os seus poemas têm a feição sentimental, mas como foi, na sua época, uma Poetisa de merecimento, é louvável a intenção dos seus descendentes, prestando-lhe homenagem nesta data comemorativa e recordando uma étape da evolução da Poesia Portuguesa."
Outros Poetas houve que mereceriam ser lembrados. Mas hoje fico por aqui.
BOM DIA!
Ilha de poetas. Abundam as produções literárias do género. E se esses aqui não nasceram que, tão inspiradamente, souberam enaltecer a ilha em versos delicados, pela ilha se enamoraram, e, até, quantos aqui ficaram!
“Ilha Maior”, a cognominou o malogrado poeta Almeida Firmino que, nascido em terras alentejanas, no Pico veio terminar uma vida curta, com uma alma repleta de Poesia, deixando uma obra de inestimável valor.
Roberto de Mesquita, consagrado poeta florentino, aqui principiou sua vida profissional, e, talvez no isolamento da ilha, por cá nascesse a verve da sua inspiração poética, fazendo dele um dos maiores Poetas portugueses.
E que dizer de Josefina Canto e Castro? Uma poetisa que, quer em prosa quer em verso, tinha palavras belas quando referia o Pico, a ilha do seu encantamento?!
Amélia Ernestina de Avelar, nasceu na Vila da Madalena em l de Maio de 1949 e faleceu em Angra em 1887, apenas com 38 anos.
Ensaios Poéticos, que a neta Maria Avelar Medeiros Leonardo publicou em 1949, (62 anos após o falecimento da Poetisa) é o seu livro de poesia. Vale a pena escutar algumas passagens do poema Meu Pico:
Pico, meu Pico, eis-te agora
como eu gosto de te ver,
a fronte dominadora
sem tristes véus a erguer
........................................
Ó Pico, assim imponente,
que graça tens a ostentar,
quando a luz do sol poente
vem tua fronte dourar!...
...........................................
Quando a madrugada apenas
principia a alvorecer,
entre jasmins e açucenas
gosto tanto de o entrever...
............................................
No prefácio destes “Ensaios Poéticos”, escreveu outro festejado Poeta faialense, Osório Goularte, e cito: No livro desta Poetisa há um poema consagrado à sua pequena pátria – O MEU PICO – em que ela descreve os vários aspectos daquela montanha com indicações barométricas de estado atmosférico, pois muitas vezes: “Profectiza o temporal, - a guerra dos elementos, - a fúria solta dos ventos”.
E, referindo-se à poetisa, diz ainda Osório Goulart: “Amélia Ernestina Avelar viveu na época da literatura romântica e, por isso, todos os seus poemas têm a feição sentimental, mas como foi, na sua época, uma Poetisa de merecimento, é louvável a intenção dos seus descendentes, prestando-lhe homenagem nesta data comemorativa e recordando uma étape da evolução da Poesia Portuguesa."
Outros Poetas houve que mereceriam ser lembrados. Mas hoje fico por aqui.
BOM DIA!
(crónica lida em Manhãs de Sábado, da RDP-Açores)
Vila das Lajes, 1-Dezº-2008
Ermelindo Ávila
Vila das Lajes, 1-Dezº-2008
Ermelindo Ávila
3 comentários:
Caro Ermelindo Ávila.
Agradeço pelas belas palavras, sobre minha trisavó, Amélia Ernestina de Avelar. Sob o incentivo de preservarmos a memória de nossa terra e nossa gente, criei aqui no Brasil, onde vivo desde 1963, um blog, onde estamos registrando retalhos de estórias, crônicas, contos e narrativas, daqueles que ainda estão vivos e podem passar para as próximas gerações, um pouco da realidade do dia a dia da faina dos nossos. Ousei colocar um link para o Vosso Blog, devido à importância dada à nossa bisavó, e por conseguinte, ao Poeta Almeida Firmino, que ainda tenha vagas lembranças, mas que era amigo da Família.
Atenciosamente
Emanuel Davide Avelar Goulart
davidavelargoulart@gmail.com
http://asombradovulcao.blogspot.com/
Muito obrigado ao escritor desta página! Meus filhos são descendentes da Senhora Poetisa Amélia E. Avelar. Sua neta que publicou1949 Ensaios Poéticos Amélia Avelar Medeiros Leonardo e a filha de Aura Avelar Medeiros
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