A Igreja Católica celebra hoje a festa de Santa Cecília, Padroeira dos Músicos.
Desde longos tempos que os músicos comemoram a festa da sua Padroeira. Todavia, que eu saiba, foi o Dr. Francisco Garcia da Rosa que, ao chegar de Roma, onde fez estudos universitários, e sendo nomeado Vigário da Matriz da Horta, ali instituiu a festa da Padroeira dos Músicos; festa que tem continuado desde os recuados anos vinte do século passado.
A Horta tem uma tradição musical muito notável e importante.
Desde longos tempos que os músicos comemoram a festa da sua Padroeira. Todavia, que eu saiba, foi o Dr. Francisco Garcia da Rosa que, ao chegar de Roma, onde fez estudos universitários, e sendo nomeado Vigário da Matriz da Horta, ali instituiu a festa da Padroeira dos Músicos; festa que tem continuado desde os recuados anos vinte do século passado.
A Horta tem uma tradição musical muito notável e importante.
A Filarmónica Artista Faialense é a mais antiga do ex-distrito e viveu momentos de elevada craveira sob a regência do célebre Mastro Francisco Simaria.
A Ilha do Pico possui um assinalado número de sociedades filarmónicas, algumas delas já centenárias, como é o caso da Liberdade Lajense, fundada em l4 de Fevereiro de 1864; a União Artista, de S. Roque do Pico, fundada em 1880; a Lira Fraternal Calhetense, fundada na Calheta de Nesquim em 1888; a Recreio Ribeirense, de S. Cruz das Ribeiras, fundada em 1900; e a Recreio dos Pastores, fundada na freguesia de S. João, em 1904. Outras mais vão a caminho do século, como é a União e Progresso Madalenense, da Madalena, fundada em 15 de Janeiro de 1917.
A Ilha do Pico possui, actualmente , treze filarmónicas, algumas tunas e vários ranchos folclóricos.
A tradição musical, nos Açores, vem de longa data. E os açorianos souberam mantê-la e levá-la para as terras da Diáspora, onde fundaram excelentes bandas, como é o caso da Califórnia, o Leste americano e o Canadá.
E já não aludo aos coros ou conjuntos orfeónicos, excelentes agrupamentos que estão a causar sucesso pelas terras por onde passam. Regista-se o Grupo Coral da Terra Chã, na Ilha Terceira, o Grupo Coral das Lajes do Pico, o Grupo Coral de São José e o Orfeão Dr. Edmundo Machado Oliveira, de Ponta Delgada, o Grupo Coral da Horta e muitos mais, pois quase todas as Ilhas mantêm com brilho os seus grupos corais. E não refiro, pois a crónica torna-se extensa em demasia, as capelas existentes em quase todas as igrejas paroquiais, algumas delas de excelente qualidade.
No entanto, falar destes conjuntos impõem-se também falar dos grandes mestres que, há mais de cem anos, vem instituindo esses agrupamentos, ensinando alguma música aos seus componentes e estes a outros mais por essas ilhas além.
Da Ilha de São Miguel recordo o Padre Serrão, autor de várias composições sacras de grande valor artístico e clássico, depois outros mais, dos quais destaco o Tenente José Dias.
Da Ilha Terceira não pode esquecer-se o celebrado Padre Borba, autor do Solfejo com que nas Escolas se ensinavam os rudimentos musicais. E muitas partituras espalhadas pelas igrejas açorianas
São Jorge, orgulha-se do célebre maestro e compositor Francisco de Lacerda, que arrebatou os auditórios de Paris.
Nesta Ilha do Pico recordo o Padre João Pereira da Terra que, no então curato da Silveira da Matriz das Lajes, hoje paróquia de S. Bartolomeu, ensinou um bom número de rapazes e fundou uma esplêndida capela que regeu com acentuada mestria. "Dos seus discípulos de então sobressaiu, de forma especial, o grande maestro Pe. José de Ávila”, (como regista o Pe. José Carlos no seu “Padres da Ilha do Pico”). E foi o Pe. José de Ávila o grande impulsionador dos grupos corais dos Açores e não só, e professor de outros que também são ou foram Maestros. De elevada craveira.
Na Matriz das Lajes do Pico, pelas 6 horas da tarde, realiza-se a festividade de CRISTO-REI, SENDO INCORPORADA A Memória da Padroeira dos Músicos, Santa Cecília. Nesta solenidade tomam parte, além da Capela da Matriz, o Grupo Coral das Lajes do Pico e a Filarmónica Liberdade Lajense.
22 de Novembro de 2008
Ermelindo Ávila
A Ilha do Pico possui um assinalado número de sociedades filarmónicas, algumas delas já centenárias, como é o caso da Liberdade Lajense, fundada em l4 de Fevereiro de 1864; a União Artista, de S. Roque do Pico, fundada em 1880; a Lira Fraternal Calhetense, fundada na Calheta de Nesquim em 1888; a Recreio Ribeirense, de S. Cruz das Ribeiras, fundada em 1900; e a Recreio dos Pastores, fundada na freguesia de S. João, em 1904. Outras mais vão a caminho do século, como é a União e Progresso Madalenense, da Madalena, fundada em 15 de Janeiro de 1917.
A Ilha do Pico possui, actualmente , treze filarmónicas, algumas tunas e vários ranchos folclóricos.
A tradição musical, nos Açores, vem de longa data. E os açorianos souberam mantê-la e levá-la para as terras da Diáspora, onde fundaram excelentes bandas, como é o caso da Califórnia, o Leste americano e o Canadá.
E já não aludo aos coros ou conjuntos orfeónicos, excelentes agrupamentos que estão a causar sucesso pelas terras por onde passam. Regista-se o Grupo Coral da Terra Chã, na Ilha Terceira, o Grupo Coral das Lajes do Pico, o Grupo Coral de São José e o Orfeão Dr. Edmundo Machado Oliveira, de Ponta Delgada, o Grupo Coral da Horta e muitos mais, pois quase todas as Ilhas mantêm com brilho os seus grupos corais. E não refiro, pois a crónica torna-se extensa em demasia, as capelas existentes em quase todas as igrejas paroquiais, algumas delas de excelente qualidade.
No entanto, falar destes conjuntos impõem-se também falar dos grandes mestres que, há mais de cem anos, vem instituindo esses agrupamentos, ensinando alguma música aos seus componentes e estes a outros mais por essas ilhas além.
Da Ilha de São Miguel recordo o Padre Serrão, autor de várias composições sacras de grande valor artístico e clássico, depois outros mais, dos quais destaco o Tenente José Dias.
Da Ilha Terceira não pode esquecer-se o celebrado Padre Borba, autor do Solfejo com que nas Escolas se ensinavam os rudimentos musicais. E muitas partituras espalhadas pelas igrejas açorianas
São Jorge, orgulha-se do célebre maestro e compositor Francisco de Lacerda, que arrebatou os auditórios de Paris.
Nesta Ilha do Pico recordo o Padre João Pereira da Terra que, no então curato da Silveira da Matriz das Lajes, hoje paróquia de S. Bartolomeu, ensinou um bom número de rapazes e fundou uma esplêndida capela que regeu com acentuada mestria. "Dos seus discípulos de então sobressaiu, de forma especial, o grande maestro Pe. José de Ávila”, (como regista o Pe. José Carlos no seu “Padres da Ilha do Pico”). E foi o Pe. José de Ávila o grande impulsionador dos grupos corais dos Açores e não só, e professor de outros que também são ou foram Maestros. De elevada craveira.
Na Matriz das Lajes do Pico, pelas 6 horas da tarde, realiza-se a festividade de CRISTO-REI, SENDO INCORPORADA A Memória da Padroeira dos Músicos, Santa Cecília. Nesta solenidade tomam parte, além da Capela da Matriz, o Grupo Coral das Lajes do Pico e a Filarmónica Liberdade Lajense.
22 de Novembro de 2008
Ermelindo Ávila
(crónica lida no programa MANHÃS DE SÁBADO DA RDP-AÇORES)
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