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segunda-feira, 12 de março de 2018

REGISTOS, A PROPÓSITO


NOTAS DO MEU RETIRO

Volto no ritmo que me é possivel (e o leitor que desculpe a deficiência…) a este meu instrumento de trabalho (quando posso ainda trabalho…), para rabiscar umas notas referentes a assuntos que bailam constantemente no meu pensamento e que desejaria tratá-los com a devida clareza e erudição, o que já não é possível.
Durante muitos anos, as ruas, canadas e veredas tinham o nome que a tradição lhes atribuía: Rua Direita, Rua do Conde, do Conselheiro, etc.
A vila das Lajes, sob o aspecto toponímico, tem a classificação merecida. Estão assinalados os sítios principais com placas que elucidam os transeuntes das zonas onde se encontram. Para além destas, existem monumentos e bustos, e os nomes de ruas passaram a ser utilizados para homenagear certas personalidades ou registar acontecimentos notáveis. É desta forma que aparecem por cá as ruas já referidas e outras como a Rua do P. Xavier Madruga, o Largo General Lacerda Machado e outros mais.
O primeiro monumento a ser erguido data de 1940, um cruzeiro dedicado à Independência e Restauração de Portugal. Trata-se de uma obra, com projecto do desenhador António Garcia, trabalhada em basalto da Terra, por Artistas lajenses, e inaugurada em 1 de Dezembro de 1940. Uma placa que nela existia indicava a razão da sua colocação. O camartelo, como em outros feitos, encarregou-se de a retirar, talvez porque, desde a sua colocação ou aquisição, apresentava umas fendas, sem prejuízo da leitura dos dizeres…
É tempo de voltar a colocar a que lá se encontrava, ou outra, não interessa. O monumento tem de estar assinalado. Assim é um desleixo que não se pode consentir. E não há responsáveis?
Todos devem respeitar os bens públicos.
Em 1960, na Maré, local onde desembarcou o primeiro povoador, foi levantada pela Câmara Municipal uma coluna a lembrar o feito dos portugueses, em 1 de Dezembro de 1640, por cópia da que existe no Monte Brasil, em Angra do Heroismo, da autoria de António Garcia Pedro, lajense radicado naquela cidade.
Mais recentemente, entendeu a autarquia, alterar o monumento, demolindo-o e passando a uma coluna de quatro faces.
Como monumentos nacionais devidamente classificados, conserva-se também a Ermida (antiga paroquial) de S. Pedro e o Castelo (Forte) de Santa Catarina.
No Largo Lacerda Machado presta-se homenagem a dois insignes lajenses, com a ereção dos respectivos bustos: Bispo de Macau, Dom João Paulino de Azevedo e Castro e General Francisco Soares de Lacerda Machado. Da Toponímia lajense, além de outros, fazem parte os nomes de Garcia Gonçalves Madruga e do Vigário Gonçalves Madruga, a quem foram confiscados os bens pela justiça de Castela.
Outras homenagens deviam ser prestadas, se o espaço fosse maior e apropriado… Mesmo assim, trata-se de uma plêiade ilustre de personalidades e acontecimentos que prestigiam e enaltecem a história do pequeno burgo, o primeiro que, na segunda ilha maior e a mais alta de Portugal, foi instalada por gentes do Infante. Um acontecimento relevante da História que não pode ser esquecido, nem ignorado.


Lajes do Pico,
28 Fev.2018
E. Avila