Encontra –se a funcionar, com bons resultados, embora haja quem se atreva a achar-lhe defeitos de concepção e funcionamento, o novo Matadouro Regional da Ilha do Pico. Daí ter sido desactivado o Matadouro, instalado na antiga fábrica de conservas, para o efeito devidamente adaptada.
Creio que até aqui não há quaisquer objecções a opor ao novo estabelecimento construído numa zona morta e que merecia ser aproveitada, como o foi, não somente com o matadouro como ainda com a Fabrica de Lacticínios , actualmente pertencente à sociedade LAZA- Produtos Lacteos, Lda. também instalada no Mistério da Silveira. Foi na realidade uma forma inteligente de aproveitar aquela zona, completamente abandonada desde os vulcões de 1718 e 1720.
Nos terrenos confinantes com o Mistério, pelo Sul, diz-se há muito que a respectiva proprietária pretende construir um complexo turístico, tendo o respectivo projecto sido já apresentado à entidade licenciadora. Não se compreende, pois, a demora em aprovar o projecto ou, se aprovado, iniciar a construção. É tempo de o fazer pois, na época que decorre, um marcar-passo pode ser fatal, dado que há sempre quem esteja à espreita para ocupar o lugar…
E deixo de referir, por hoje, o famigerado campo de golfe…
Mas, voltando ao antigo edifício do matadouro: que destino lhe vai ser dado? Aquele espaço, segundo estou certo, pertence ao património regional. Assim sendo, importa que lhe seja encontrada uma aplicação condizente com o local.
A zona de Santa Catarina está a ser convenientemente ocupada. Primeiro, foi o quartel dos Bombeiros. A seguir, veio o restauro do antigo castelo, transformado acertadamente num espaço turístico. Depois, foi a recuperação da velha fábrica da baleia, SIBIL, que, sem alteração das respectivas instalações industriais, foi transformada em Centro de Artes e de Ciências do Mar. Já está a ser utilizado o novo campo de jogos, também instalado nos terrenos de Santa Catarina e que, dizem os que disso entendem, é um dos melhores da Região para a sua categoria. Na mesma zona está há anos em construção o edifício para a instalação de um super-mercado. Resta olhar pelas ruínas da casa, já adquirida pelo Município que pertenceu a Fernão Alvares Evangelho, primeiro povoador da ilha, e que bem perto fica…
E é ainda nesta zona que se situa o desocupado edifício onde esteve instalado o matadouro. Que destino lhe vai ser dado, volto a repetir?
Nas outras sedes de concelho da Ilha está o Governo a construir, ao que consta, edifícios de natureza turística. Na Madalena foi deitado a baixo o edifício do Hotel Pico para no local ser construído um novo hotel de quatro ou cinco estrelas. Mas naquela vila já existe um outro hotel que foi construído pela Região…
Nesta Vila limitaram-se os gestores regionais a adquirir uma parcela de terreno para um hotel, ou casa de hóspedes, mas por aí se ficou e ao terreno não foi dado nenhuma ocupação. Parece que é zona protegida pelo Ambiente…
Não será viável adaptar o edifício do matadouro a hotel, seja qual for o número de estrelas? A Vila não tem um estabelecimento hoteleiro classificado como tal. Na Silveira existe a “Aldeia da Fonte”, mas fica extra-muros. Disso resulta serem os visitantes encaminhados ou mantidos noutros locais, pois só desejam instalar-se em hotéis e não em simples casas de hóspedes, apesar de existirem excelentes residenciais .
As Lajes dispõem actualmente do melhor porto de recreio da Ilha. Mesmo hoje vi um barco de recreio, originário de Lisboa, tripulado por um casal que teve de sair porque a zona do porto de recreio, cujas obras parece que estão concluídas, ainda não foram entregues pela empresa empreiteira à respectiva entidade tutelar. E lá saiu o barquinho, mar fora, até ao horizonte…
Só a exploração da indústria turística pode equilibrar a nossa decrépita economia. E, embora não esteja o Pico incluído nas ilhas de coesão, não pode nem deve ser esquecido pelas instâncias governamentais.
Lajes do Pico
3 de Maio de 2008
Ermelindo Ávila
Creio que até aqui não há quaisquer objecções a opor ao novo estabelecimento construído numa zona morta e que merecia ser aproveitada, como o foi, não somente com o matadouro como ainda com a Fabrica de Lacticínios , actualmente pertencente à sociedade LAZA- Produtos Lacteos, Lda. também instalada no Mistério da Silveira. Foi na realidade uma forma inteligente de aproveitar aquela zona, completamente abandonada desde os vulcões de 1718 e 1720.
Nos terrenos confinantes com o Mistério, pelo Sul, diz-se há muito que a respectiva proprietária pretende construir um complexo turístico, tendo o respectivo projecto sido já apresentado à entidade licenciadora. Não se compreende, pois, a demora em aprovar o projecto ou, se aprovado, iniciar a construção. É tempo de o fazer pois, na época que decorre, um marcar-passo pode ser fatal, dado que há sempre quem esteja à espreita para ocupar o lugar…
E deixo de referir, por hoje, o famigerado campo de golfe…
Mas, voltando ao antigo edifício do matadouro: que destino lhe vai ser dado? Aquele espaço, segundo estou certo, pertence ao património regional. Assim sendo, importa que lhe seja encontrada uma aplicação condizente com o local.
A zona de Santa Catarina está a ser convenientemente ocupada. Primeiro, foi o quartel dos Bombeiros. A seguir, veio o restauro do antigo castelo, transformado acertadamente num espaço turístico. Depois, foi a recuperação da velha fábrica da baleia, SIBIL, que, sem alteração das respectivas instalações industriais, foi transformada em Centro de Artes e de Ciências do Mar. Já está a ser utilizado o novo campo de jogos, também instalado nos terrenos de Santa Catarina e que, dizem os que disso entendem, é um dos melhores da Região para a sua categoria. Na mesma zona está há anos em construção o edifício para a instalação de um super-mercado. Resta olhar pelas ruínas da casa, já adquirida pelo Município que pertenceu a Fernão Alvares Evangelho, primeiro povoador da ilha, e que bem perto fica…
E é ainda nesta zona que se situa o desocupado edifício onde esteve instalado o matadouro. Que destino lhe vai ser dado, volto a repetir?
Nas outras sedes de concelho da Ilha está o Governo a construir, ao que consta, edifícios de natureza turística. Na Madalena foi deitado a baixo o edifício do Hotel Pico para no local ser construído um novo hotel de quatro ou cinco estrelas. Mas naquela vila já existe um outro hotel que foi construído pela Região…
Nesta Vila limitaram-se os gestores regionais a adquirir uma parcela de terreno para um hotel, ou casa de hóspedes, mas por aí se ficou e ao terreno não foi dado nenhuma ocupação. Parece que é zona protegida pelo Ambiente…
Não será viável adaptar o edifício do matadouro a hotel, seja qual for o número de estrelas? A Vila não tem um estabelecimento hoteleiro classificado como tal. Na Silveira existe a “Aldeia da Fonte”, mas fica extra-muros. Disso resulta serem os visitantes encaminhados ou mantidos noutros locais, pois só desejam instalar-se em hotéis e não em simples casas de hóspedes, apesar de existirem excelentes residenciais .
As Lajes dispõem actualmente do melhor porto de recreio da Ilha. Mesmo hoje vi um barco de recreio, originário de Lisboa, tripulado por um casal que teve de sair porque a zona do porto de recreio, cujas obras parece que estão concluídas, ainda não foram entregues pela empresa empreiteira à respectiva entidade tutelar. E lá saiu o barquinho, mar fora, até ao horizonte…
Só a exploração da indústria turística pode equilibrar a nossa decrépita economia. E, embora não esteja o Pico incluído nas ilhas de coesão, não pode nem deve ser esquecido pelas instâncias governamentais.
Lajes do Pico
3 de Maio de 2008
Ermelindo Ávila
2 comentários:
Realmente Sr. Comendador!
Concordo a cem por cento com o que aqui deixou escrito a consideracao dos leitores deste blog que ja sao muitos, diga-se em abono da verdade.
Hoje mais que ontem quem perder o comboio nao mais chegara a tempo de ocupar o lugar que lhe compete na "secretaria" que lhe foi destinada. Hoje estamos cegos de certo porque ainda e apesar de nos abrirem os olhos, somos daqueles que nao queremos ver a realidade. Ela ai esta a vista de todos, mas..."nao ha pior cego do que aquele que nao quer ver!"
Obrigado pelas suas chamadas de atencao que sao sempre muito actuais mas sempre tambem maldosamente esquecidas. Um grande abraco e ate breve.
Completamente de acordo Sr. Comendador!!!
Para haver um desenvolvimento sustentado temos que criar outras estruturas que venham complementar as existentes. Construindo um campo de golfo e um hotel, julgo, que o nosso concelho e principalmente a nossa vila, dará um salto qualificativo de modernidade. Temos que aproveitar, senão...o barco desaparece no horizonte e nós ficamos a ver com pena.
Um grande abraço
José manuel Medina
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