É agradável viajar. Conhecer novos mundos, outras terras e outras gentes. Encontrar aqueles que um dia abandonaram os seus torrões natais e viajaram para o incerto, para o desconhecido, levando a alma amargurada pela saudade mas envolta numa réstia de esperança…
Foi isso que aconteceu a tantos milhares de açorianos que, vivendo horas amargas provocadas por carências várias, rodeados de filhos sem saber como lhes preparar o futuro, que era incerto, resolveram partir para outras terras, para o meio de novas gentes, e aceitar trabalhos desconhecidos.
Aqui os vim encontrar uma vez mais, decorridas algumas dezenas de anos, rodeados de filhos e netos e instalados em habitações confortáveis, auferindo as reformas que lhes permitem uma vivência relativamente fácil e feliz.
Apesar disso, eles não esquecem a terra de origem, nem desprezaram os amores pátrios. É, antes, consolador estar com eles e sentir o calor patriótico que os anima e que mais se releva e revela nas organizações sociais que criaram e mantêm com vivo e exemplar entusiasmo.
Foi isso que aconteceu agora, na cidade de Toronto, Canada,
onde se fixou, a meados do século passado, uma comunidade portuguesa e, sobretudo, açoriana, que acaba de inaugurar a sede própria da Casa dos Açores de Toronto, depois de vinte e cinco anos de existência e de ocupar prédios alugados. Um acontecimento que mereceu a presença do Presidente do Governo Regional dos Açores, do Secretário Regional da Economia, da Directora Regional das Comunidades, da Cônsul Geral de Portugal em Toronto e de outras entidades oficiais da Província de Ontário, além de representantes das mais de duas dezenas de associações regionais de Toronto e de centenas de açorianos portugueses e seus descendentes.
O programa das solenidades da inauguração, incluíu a celebração da XI Semana Cultural Portuguesa, o que permitiu a apresentação de diversas manifestações culturais: Conferências, lançamento de livros de edição portuguesa, cantares e até um dia dedicado à juventude. Lá estavam estudantes dos ensinos secundários e universitários, que apresentaram um programa rico de cultura e de arte portuguesas.
Foi muito sensibilizante e agradável estar esta semana na grandiosa e cosmopolita cidade de Toronto, encontrar velhos amigos e conhecidos e outros conterrâneos, que todos quiseram dar-nos um abraço de amizade e de respeito.
Não posso, nem devo esquecer o acolhimento que recebi e as gentilezas que me dispensaram. Não virei, concerteza, mais a Toronto, mas esta viagem, a quinta, tal como as outras, não mais a poderei esquecer. Desejava aqui deixar os nomes dos conterrâneos, amigos e conhecidos que encontrei. Impossível, tantos foram! Para todos, o meu cordial abraço de amizade.
Mas deixo, nestes rabiscos singelos, o meu agradecimento
respeitoso e profundo pela maneira atenciosa como me acolheram os ilustres membros dos corpos directivos da hoje CASA DOS AÇORES DE ONTARIO, e desejo-lhes as maiores felicidades, prosperidades e muitos progressos no desenvolvimento da sua patriótica actividade a bem da Comunidade e do prestígio de Portugal.
Toronto, 11 de Novembro de 2007
Ermelindo Ávila
Foi isso que aconteceu a tantos milhares de açorianos que, vivendo horas amargas provocadas por carências várias, rodeados de filhos sem saber como lhes preparar o futuro, que era incerto, resolveram partir para outras terras, para o meio de novas gentes, e aceitar trabalhos desconhecidos.
Aqui os vim encontrar uma vez mais, decorridas algumas dezenas de anos, rodeados de filhos e netos e instalados em habitações confortáveis, auferindo as reformas que lhes permitem uma vivência relativamente fácil e feliz.
Apesar disso, eles não esquecem a terra de origem, nem desprezaram os amores pátrios. É, antes, consolador estar com eles e sentir o calor patriótico que os anima e que mais se releva e revela nas organizações sociais que criaram e mantêm com vivo e exemplar entusiasmo.
Foi isso que aconteceu agora, na cidade de Toronto, Canada,
onde se fixou, a meados do século passado, uma comunidade portuguesa e, sobretudo, açoriana, que acaba de inaugurar a sede própria da Casa dos Açores de Toronto, depois de vinte e cinco anos de existência e de ocupar prédios alugados. Um acontecimento que mereceu a presença do Presidente do Governo Regional dos Açores, do Secretário Regional da Economia, da Directora Regional das Comunidades, da Cônsul Geral de Portugal em Toronto e de outras entidades oficiais da Província de Ontário, além de representantes das mais de duas dezenas de associações regionais de Toronto e de centenas de açorianos portugueses e seus descendentes.
O programa das solenidades da inauguração, incluíu a celebração da XI Semana Cultural Portuguesa, o que permitiu a apresentação de diversas manifestações culturais: Conferências, lançamento de livros de edição portuguesa, cantares e até um dia dedicado à juventude. Lá estavam estudantes dos ensinos secundários e universitários, que apresentaram um programa rico de cultura e de arte portuguesas.
Foi muito sensibilizante e agradável estar esta semana na grandiosa e cosmopolita cidade de Toronto, encontrar velhos amigos e conhecidos e outros conterrâneos, que todos quiseram dar-nos um abraço de amizade e de respeito.
Não posso, nem devo esquecer o acolhimento que recebi e as gentilezas que me dispensaram. Não virei, concerteza, mais a Toronto, mas esta viagem, a quinta, tal como as outras, não mais a poderei esquecer. Desejava aqui deixar os nomes dos conterrâneos, amigos e conhecidos que encontrei. Impossível, tantos foram! Para todos, o meu cordial abraço de amizade.
Mas deixo, nestes rabiscos singelos, o meu agradecimento
respeitoso e profundo pela maneira atenciosa como me acolheram os ilustres membros dos corpos directivos da hoje CASA DOS AÇORES DE ONTARIO, e desejo-lhes as maiores felicidades, prosperidades e muitos progressos no desenvolvimento da sua patriótica actividade a bem da Comunidade e do prestígio de Portugal.
Toronto, 11 de Novembro de 2007
Ermelindo Ávila
8 comentários:
Senhor Comendador, é sempre um prazer enorme ler os seus escritos. Recordo com saudade quando ia a sua casa, a mando do meu Pai, buscar os jornais para ele ler.
José Manuel Medina
Filho do cabo do Mar João Medina
E muito interessante ler os elogios e agradecimentos das pessoas que ca vem ao Canada nos fazem. Mas seria muito mais agradavel que quando nos veem ai se mostrassem mais cordiais em vez de nos fazerem a vida negra especialment pessoas que ja sairam dai ha anos e nao estao bem ao par das coisas. Sera que poderia haver um bocadinho de compreensao? Isso sim seria muitissimo mais apreciado do que os elogios de ocasiao.
Este último comentário está fora do contexto ou então vejamos.
1- Se é para atingir pessoas que nada tem a ver com quem escreveu não aproveite a ocasião;
2- Se é para atingir quem escreveu engane-se pois foi sempre um SENHOR que toda a vida serviu as pessoas e muito fez pelos que emigraram e não despresa ninguém.
Compreendo o desabafo do anónimo imigrante. Julgo porém que o sr. anónimo não quer atacar EA, mas antes afirmar que nem sempre os nossos conterrâneos, de visita á terra natal, são bem compreendidos e acolhidos pelos residentes. Esta é uma verdade que dói e que nada tem a ver com o sr. comendador Ermelindo Ávila, pessoa que a todos acolhe e respeita e a quem muitos imigrantes reconhecem ter muito feito quando deixaram as Lajes.
Agora que os imigrantes e outros lajenses que vivem fora são vistos de soslaio, receio e despeito por muitos locais, isso é a pura da verdade que só sentem os ausentes.
Não é por mal, bem o sei, mas há nós que estamos fora, semtimo-nos disso e com razão porque gostamos tanto ou mais da nossa terra que os que cá vivem, preecisamente por estarmos ausentes e essa situação gerar um amor indescritivel pelo nosso torrão natal.
Julgo que este comentário não foi derigido ao Sr. Ermelindo Avila e se o foi, cai por terra, porque a pessoa em causa é reconhecida por tudo o que fez pelos Lajenses e emigrantes. Agora se existem casos em que são mal comprendidos, podera haver, mas daquilo que tenho conhecimento pessoal, fico sempre muito feliz por ver grandes amigos que, motivos que todos nos sabemos emigraram.
o comentário acima era meu.
José Manuel Medina
Zé Manel!
Já agora queria enviar-te umas fotos que descobri onde está teu pai e tua mãe a dançar no Grémio e na Filarmónica. Se tiveres interessado manda-me o teu e-mail. Terei muito gosto em enviar-tas. Grande abraço para ti do Paulo Luís.
Amigo Paulo Luis,
Aqui vai o meu e.mail, jmmedina@eda.pt
Um grande abraço
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