Orlando Castro,. Jornalista, em tempo, do “Jornal de Notícias”, andou pelos Açores no Verão de 1993, visitando especialmente as ilhas do Grupo Central, onde se demorou dezoito dias. Das Crónicas que escreveu para a Imprensa Continental, publicou, depois, “Açores- Realidades Vulcânicas”, um livro de 137 páginas, com vinte pequenos capítulos, incluindo o Prefácio da lavra de José Manuel Tavares Rebelo, Presidente da Casa dos Açores do Norte.
Um dos capítulos é dedicado à (IM)PRENSA (sic). Principia por referir o centenário “O Telégrafo”, infelizmente já desaparecido para, de seguida, aludir à Imprensa que já existiu nas Ilhas do Grupo Central – Graciosa, São Jorge, Pico e Faial. Faz alusão ao primeiro jornal agrícola português . “O Agricultor Micaelense” (1843) Não esquece o “Açoriano Oriental”, felizmente transformado em diário aqui há uns anos passados, e, da ilha de São Jorge, cita alguns títulos.
Um dos capítulos é dedicado à (IM)PRENSA (sic). Principia por referir o centenário “O Telégrafo”, infelizmente já desaparecido para, de seguida, aludir à Imprensa que já existiu nas Ilhas do Grupo Central – Graciosa, São Jorge, Pico e Faial. Faz alusão ao primeiro jornal agrícola português . “O Agricultor Micaelense” (1843) Não esquece o “Açoriano Oriental”, felizmente transformado em diário aqui há uns anos passados, e, da ilha de São Jorge, cita alguns títulos.
Sobre o Pico e o Faial apenas escreve: “Embora com grande tradição, se é que a ancestralidade pode ser considerada como uma tradição, a Imprensa açoriana não existe enquanto tal. O que existe são várias imprensas, e nem por isso menos dignas, cada uma no seu nicho, cada uma na sua ilha. O sentido de arquipélago não passa de uma miragem. Mesmo entre o Faial e o Pico, separados por escassos 6 Kms, há uma barreira enorme. Não são, mas parecem e funcionam como se fossem “países” diferentes, com culturas e línguas antagónicas.” (pág.73)
Não sei onde o sr. Castro teve tempo para, em três semanas (l8 dias)
tanto descobrir. Mas mais não cito.
Porfírio Bessone no seu “Dicionário Cronológico dos Açores” (1932) insere uma relação das publicações açorianas que ocupa 24 (vinte e quatro páginas) e não inclui todos os jornais que existiram, v.g., na ilha do Pico.
A primeira Imprensa que houve na ilha foi trazida para as Lajes pelo professor Manuel Tomás Pereira em Setembro de 1874, muito embora nela não tenha sido impresso qualquer periódico. (Arquivo dos Açores, Vol.IX, p.41) O primeiro jornal existente na ilha foi publicado na Madalena, “O Picoense”, fundado em 1874 pelo ainda estudante Dr. Urbano Silva Ferreira.
Até à actualidade a Madalena fundou doze periódicos, incluindo dois em S. Mateus. Actualmente publica o semanário “Ilha Maior” no vigésimo ano de publicação.
Nas Lajes publicaram-se oito jornais, incluindo “O Dever” que há meses celebrou 90 anos de existência, muito embora se edite nesta Vila somente a partir de Setembro de 1938 ( ocorrem agora 69 anos).
Em São Roque do Pico publicaram-se : O Echo do Pico, 1878; Boletim Judicial, 1879; O Picaroto, 1882; O Pico, 1885, este fundado e dirigido pelo malogrado Poeta Manuel Henrique Dias; O Independente, 1882; O Picaroto, 1890, com várias séries; O Popular, 1890; O Futuro, também com várias séries; e o Picoense, com várias séries, igualmente. Presentemente há o Jornal do Pico já no quarto ano de publicação.
Embora alguns dos jornais fossem de efémera duração, presentemente os jornais picoenses, já com assinalável existência, têm colaboradores distintos que lhes asseguram existência promissora e estável.
A Ilha do Pico não é apenas uma das vinte mais notáveis, em diversos aspectos, no mundo. Vive uma época de cultura notável que a distingue entre as demais do Arquipélago. Felizmente!
Vila das Lajes.
31 de Agosto de 2007
Ermelindo Ávila
Não sei onde o sr. Castro teve tempo para, em três semanas (l8 dias)
tanto descobrir. Mas mais não cito.
Porfírio Bessone no seu “Dicionário Cronológico dos Açores” (1932) insere uma relação das publicações açorianas que ocupa 24 (vinte e quatro páginas) e não inclui todos os jornais que existiram, v.g., na ilha do Pico.
A primeira Imprensa que houve na ilha foi trazida para as Lajes pelo professor Manuel Tomás Pereira em Setembro de 1874, muito embora nela não tenha sido impresso qualquer periódico. (Arquivo dos Açores, Vol.IX, p.41) O primeiro jornal existente na ilha foi publicado na Madalena, “O Picoense”, fundado em 1874 pelo ainda estudante Dr. Urbano Silva Ferreira.
Até à actualidade a Madalena fundou doze periódicos, incluindo dois em S. Mateus. Actualmente publica o semanário “Ilha Maior” no vigésimo ano de publicação.
Nas Lajes publicaram-se oito jornais, incluindo “O Dever” que há meses celebrou 90 anos de existência, muito embora se edite nesta Vila somente a partir de Setembro de 1938 ( ocorrem agora 69 anos).
Em São Roque do Pico publicaram-se : O Echo do Pico, 1878; Boletim Judicial, 1879; O Picaroto, 1882; O Pico, 1885, este fundado e dirigido pelo malogrado Poeta Manuel Henrique Dias; O Independente, 1882; O Picaroto, 1890, com várias séries; O Popular, 1890; O Futuro, também com várias séries; e o Picoense, com várias séries, igualmente. Presentemente há o Jornal do Pico já no quarto ano de publicação.
Embora alguns dos jornais fossem de efémera duração, presentemente os jornais picoenses, já com assinalável existência, têm colaboradores distintos que lhes asseguram existência promissora e estável.
A Ilha do Pico não é apenas uma das vinte mais notáveis, em diversos aspectos, no mundo. Vive uma época de cultura notável que a distingue entre as demais do Arquipélago. Felizmente!
Vila das Lajes.
31 de Agosto de 2007
Ermelindo Ávila
4 comentários:
Caro amigo,
Tal como em 1993, em 2007 continuo a ser Jornalista do "Jornal de Notícias".
Porque a minha liberdade termina onde começa a sua, respeito e aceito o texto sobre o meu livro em questão. Se calhar, digo eu, ajuda referir que o livro foi publicado em 1995, já lá vão 12 anos sobre a matéria que agora é referida por si.
«Não sei onde o sr. Castro teve tempo para, em três semanas (l8 dias)tanto descobrir», escreve o meu amigo, no que me parece ser uma crítica. Pois. Também sei algumas coisas (poucas é certo) sobre zonas onde nunca estive.
Por alguma coisa os Açores são tão ricos em literatura, por exemplo...
Aceite um abraçp com estima do,
Orlando Castro
Há que dar novo salto em frente e entrar na era da Internet. É necessário disponibilizar o Dever on line, de modo a que este chegue a todos picoenses, espalhados pelos quatro cantos do mundo, com um simples clic.
Caro Sr. Orlando Castro:
O artigo não teve por objectivo fazer "crítica" ao seu livro.Pretendi, simplesmente, assinalar o nonagésimo aniversário do semanário mais antigo, em publicação, nos Açores- O DEVER das Lajes do Pico.
Cumprimentos,
Ermelindo Ávila
http://trincheteafiado.blogspot.com/
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