Há anos, “nem eu sei há quantos”, houve uma sociedade legalmente constituída que projectou a construção de um campo de golfe na zona do Mistério da Silveira. Para tal, julgo que a Câmara Municipal, pois é a legítima proprietária do terreno, embora esteja afecto as Serviços Florestais, cedeu a essa Empresa o espaço necessário para a implantação de um complexo turístico destinado à prática do Golfe, um desporto em crescente desenvolvimento mundial.
As obras do novo empreendimento começaram naquela época – são decorridos vários anos. De alguns “quintais” da vila das Lajes foram levantados muitos metros cúbicos (centenas, milhares?) de terra para o novo campo mas, a dado momento, as obras foram suspensas. Razão? Desconheço. 0 certo é que motivos devem ter existido e, como se trata de uma empresa particular, só ela tem o direito de suspender ou prosseguir com os trabalhos. Da nossa parte só lamentamos a decisão.
Mas, julgo que embora decorridos tantos anos, há uma solução: O terreno deve ter sido cedido a título precário e, não tendo sido utilizado no fim para que foi cedido, impõe-se que volte à posse do Município.
Na Carta Turística dos Açores, (não importa que não seja este o nome técnico), distribuem-se por algumas ilhas campos de golfe. Mesmo para a Ilha do Faial onde, inicialmente, não estava prevista a construção desse complexo. Mas os faialenses tanto reclamaram, que conseguiram. A Ilha do Pico, onde já estava iniciado um campo, ficou excluída desse programa, por lapso ou propositadamente?!…
Verdade que, por razões incompreensíveis, não pertence ao grupo das ilhas da coesão. Daí, talvez, o esquecimento a que vem sendo acintosamente votada.
No entanto, porque não tem direito a ilha do Pico a um campo de golfe, se à ilha estão a chegar muitos turistas de diversas nacionalidades, fora de grupos excursionistas, que aqui se demoram, não só um dia nem dois mas muitos mais, a gozar o clima, os acidentes geográficos, os poentes multicolores, a paisagem extasiante que a própria montanha oferece ?!…
Acaba de ser fundada uma Empresa Municipal, a CULTURPICO, destinada à aquisição de equipamentos turísticos, desportivos, recreativos, culturais, ambientais e habitacionais. E a Presidente da Câmara, no “Boletim Municipal” do mês de Fevereiro deste ano, donde extraio a notícia, afirma: “O concelho das Lajes do Pico precisa, merece e há-de ter tudo o que for melhor. Não nos comparamos com o que há de pior, mas sim com o que o mundo tem de melhor para oferecer. Ser medíocre é pensar que só os outros é que merecem do melhor que há na vida.”
Subscrevo com prazer a afirmação conceituosa da Presidente da Edilidade Lajense. Mas é preciso que ela se concretize nos mais simples pormenores. E é por isso que venho chamar a atenção para a conclusão (não conheço qual o andamento das obras) de tão importante empreendimento indispensável ao progresso do concelho.
Como igualmente desconheço qual a situação jurídica deste assunto mas, se não estou em erro, creio que o Município tem competência legal para tomar posse administrativa da obra e promover o prosseguimento dos trabalhos até à sua conclusão, quer por administração directa da Empresa Culturpico, quer chamando interessados que àquela entidade se associem, não apenas para a execução dos trabalhos mas sobretudo para a futura exploração do empreendimento.
ノ uma oportunidade que urge desenvolver para que não surjam inesperados oportunistas estranhos à ilha a aproveitar-se da situação.
A Empresa recém–criada pela Câmara Municipal tem um caminho longo a percorrer para o desenvolvimento do concelho. Todavia, e segundo os economistas, o Turismo deve estar no primeiro plano das preocupações municipais pois é um sector do qual depende (em grande medida!) o progresso e, consequentemente, o futuro do próprio concelho e da ilha não pode ser relegado a segundo plano das preocupações ou projectos da Autarquia. Em todas as terras está este sector a desenvolver-se assombrosamente e nem todas elas dispõem do potencial que se encontra na Ilha do Pico.
Sabemos que o Turismo se dispersa por diversas vertentes – os caminhos pedrestes para as zonas altas, os miradouros, os lugares de lazer, a restauração e hotelaria, etc.
Mas um campo de golfe, modalidade desportiva de tanto interesse mundial, está entre o “equipamento” turístico mais apreciado pelos endinheirados e não só. ノ preciso aproveitar com urgência a oportunidade e os bens com que a Natureza nos dotou.
Vila Baleeira, 10 de Julho de 2007
Ermelindo Avila
As obras do novo empreendimento começaram naquela época – são decorridos vários anos. De alguns “quintais” da vila das Lajes foram levantados muitos metros cúbicos (centenas, milhares?) de terra para o novo campo mas, a dado momento, as obras foram suspensas. Razão? Desconheço. 0 certo é que motivos devem ter existido e, como se trata de uma empresa particular, só ela tem o direito de suspender ou prosseguir com os trabalhos. Da nossa parte só lamentamos a decisão.
Mas, julgo que embora decorridos tantos anos, há uma solução: O terreno deve ter sido cedido a título precário e, não tendo sido utilizado no fim para que foi cedido, impõe-se que volte à posse do Município.
Na Carta Turística dos Açores, (não importa que não seja este o nome técnico), distribuem-se por algumas ilhas campos de golfe. Mesmo para a Ilha do Faial onde, inicialmente, não estava prevista a construção desse complexo. Mas os faialenses tanto reclamaram, que conseguiram. A Ilha do Pico, onde já estava iniciado um campo, ficou excluída desse programa, por lapso ou propositadamente?!…
Verdade que, por razões incompreensíveis, não pertence ao grupo das ilhas da coesão. Daí, talvez, o esquecimento a que vem sendo acintosamente votada.
No entanto, porque não tem direito a ilha do Pico a um campo de golfe, se à ilha estão a chegar muitos turistas de diversas nacionalidades, fora de grupos excursionistas, que aqui se demoram, não só um dia nem dois mas muitos mais, a gozar o clima, os acidentes geográficos, os poentes multicolores, a paisagem extasiante que a própria montanha oferece ?!…
Acaba de ser fundada uma Empresa Municipal, a CULTURPICO, destinada à aquisição de equipamentos turísticos, desportivos, recreativos, culturais, ambientais e habitacionais. E a Presidente da Câmara, no “Boletim Municipal” do mês de Fevereiro deste ano, donde extraio a notícia, afirma: “O concelho das Lajes do Pico precisa, merece e há-de ter tudo o que for melhor. Não nos comparamos com o que há de pior, mas sim com o que o mundo tem de melhor para oferecer. Ser medíocre é pensar que só os outros é que merecem do melhor que há na vida.”
Subscrevo com prazer a afirmação conceituosa da Presidente da Edilidade Lajense. Mas é preciso que ela se concretize nos mais simples pormenores. E é por isso que venho chamar a atenção para a conclusão (não conheço qual o andamento das obras) de tão importante empreendimento indispensável ao progresso do concelho.
Como igualmente desconheço qual a situação jurídica deste assunto mas, se não estou em erro, creio que o Município tem competência legal para tomar posse administrativa da obra e promover o prosseguimento dos trabalhos até à sua conclusão, quer por administração directa da Empresa Culturpico, quer chamando interessados que àquela entidade se associem, não apenas para a execução dos trabalhos mas sobretudo para a futura exploração do empreendimento.
ノ uma oportunidade que urge desenvolver para que não surjam inesperados oportunistas estranhos à ilha a aproveitar-se da situação.
A Empresa recém–criada pela Câmara Municipal tem um caminho longo a percorrer para o desenvolvimento do concelho. Todavia, e segundo os economistas, o Turismo deve estar no primeiro plano das preocupações municipais pois é um sector do qual depende (em grande medida!) o progresso e, consequentemente, o futuro do próprio concelho e da ilha não pode ser relegado a segundo plano das preocupações ou projectos da Autarquia. Em todas as terras está este sector a desenvolver-se assombrosamente e nem todas elas dispõem do potencial que se encontra na Ilha do Pico.
Sabemos que o Turismo se dispersa por diversas vertentes – os caminhos pedrestes para as zonas altas, os miradouros, os lugares de lazer, a restauração e hotelaria, etc.
Mas um campo de golfe, modalidade desportiva de tanto interesse mundial, está entre o “equipamento” turístico mais apreciado pelos endinheirados e não só. ノ preciso aproveitar com urgência a oportunidade e os bens com que a Natureza nos dotou.
Vila Baleeira, 10 de Julho de 2007
Ermelindo Avila
2 comentários:
Completamente de acordo. È urgente que a CMLP faça o ponto da situação.
O Campo de golfo, bem como a construção de um hotel está previsto num documento (Plano de Ordenamento Turístico da RAA)recentemente colocado à discussão pública
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