Há cinco anos tive o prazer de assinalar, num modesto escrito, os 95 anos da distinta Senhora. Agora, com redobrado júbilo, venho, na modéstia do meu dizer, congratular-me com os CEM ANOS, que hoje celebra a distinta Poetisa, jornalista, musicóloga e professora, rodeada da ilustre Família, no Sul da Califórnia, Estados Unidos da América do Norte, onde passou a residir.
D. Josefina Amarante Freitas do Canto e Castro nasceu no dia 19 de Julho de 1907 em Providence, Rhode Island, E.U.A.. Com um ano de idade veio com os pais para S. Jorge, passando ainda menina, a residir na cidade de Angra e ali, conheceu o marido, também ele poeta e jornalista, Francisco do Canto e Castro, fixando a seguir residência no lugar do Cais do Pico, concelho de São Roque, em cujo concelho ele era ao tempo, funcionário de Finanças. Dali o casal transferiu-se para a Horta, onde residiu até emigrar para os Estados Unidos.
Na Horta, D. Josefina foi professora de piano e francês e colaborou na “Horta Desportiva”, depois de adquirida pelo marido, até regressar aos E.U.A.. É aí que a vai encontrar o Pe. Xavier Madruga, fundador e director deste semanário, aquando da sua visita à América. E, numa das suas excelentes “Cartas da América”, (cuja publicação em livro foi autorizada ao Núcleo Cultural da Horta, mas que este instituto nunca realizou), o Pe. Xavier Madruga presta homenagem à ilustre Senhora, pondo em relevo o trabalho exaustivo que estava a realizar: Poetisa e escritora, nunca escreve nem fala que não seja para cantar as Figuras máximas da nossa incomparável História, as suas grandes Datas Nacionais, a musicalidade harmoniosa da Língua Portuguesa e o dever que todos têm de a tornar conhecida e amada dos estrangeiros.
E, depois, afirma: “Pela rádio e na imprensa, nas Sociedades e Clubes da Califórnia, nos Colégios e Liceus onde se tem encontrado a ensinar, é contínuo e perseverante o seu esforço e a sua acção, porfiada, constante, obstinada pela nossa Pátria, de quem se constituiu, voluntariamente, animadora e advogada, sem credenciais, nesta grande nação.”(…)“Actualmente professora na Douglas School de Pebble Beach, próximo de Monterey ali ensina espanhol e francês, como poderia ensinar português e inglês”.
E, quase a terminar a sua “Carta da América”, publicada neste jornal no dia 15 de Março de 1947, precisamente há sessenta anos, escreve ainda o Pe. Xavier Madruga acerca de D. Josefina Canto e Castro: Rezar, sofrer, dar bom exemplo: duas mão postas, molhadas de lágrimas, são chaves de ouro capazes de abrir o coração mais endurecido ou a inteligência mais desnorteada.
D. Josefina, decorridos alguns anos, voltou ao Pico e fixou residência em São Roque, terra que primeiro habitou após o casamento. Ali viveu rodeada do maior carinho e amizade durante alguns anos, leccionando música e piano como ocupação dos “tempos livres”. E foram vários os alunos que, depois, seguiram a carreira musical. Sentindo que os anos passavam, voltou para junto dos Filhos e Netos, nos Estados Unidos e fixou-se novamente na Califórnia. Aqui iniciou a sua colaboração em “O Dever” sob a rubrica “Da Minha Janela”, continuando-a nos Estados Unidos até há cerca de dois anos. A sua colaboração era semanária e, quando o original não chegava a tempo, arreliava-se com o atraso.
Foram muitos e diversificados os assuntos e temas tratados em “Da minha Janela”, local de observação atenta dos problemas, os mais diversificados, desta ilha.
Três livros de poemas publicou a distinta e inspirada Poetisa: “Naquele Tempo…Poemas Bíblicos”, 1ª edição em 1941 e 2ª edição em 1985; “Poemas de Ontem”,1989 e “Despedida”, l996.
Sempre interessada pela literatura açoriana, numa das muitas cartas que me escreveu, (12 de Agosto de 1997), diz: Fiquei surpreendida com tantos livros publicados recentemente e a lançar este verão. Os Açores estão, deveras, a lançar a sua literatura. O que falta é mais comunicação e vendas entre as Ilhas. Não será possível melhorar a situação? Quem sabe!
O “Tribuna Portuguesa”, jornal que se publica em Modesto, Califórnia, no dia 1 de Julho corrente, ao celebrar os 100 anos de D. Josefina Canto e Castro escreveu, e aqui transcrevo com a devida vénia: …Emigrou em 1945. Teve uma vida indescritível de empenho, de solidariedade, de bem escrever, de ser mulher com M grande. Lutadora de muitas causas, a sua “Janela” é a pérola mais preciosa deste jornal. Faz l00 anos no dia 19 de Julho e vai estar acompanhada por toda a família no Sul da Califórnia. Happy Birthday.
Com emoção, respeito e amizade, também aqui deixo os meus votos de Parabéns à Veneranda Senhora, seus Exmos. Filhos e Familiares. Feliz Aniversário!
Pico,19 de Julho de 2007
Ermelindo Ávila
D. Josefina Amarante Freitas do Canto e Castro nasceu no dia 19 de Julho de 1907 em Providence, Rhode Island, E.U.A.. Com um ano de idade veio com os pais para S. Jorge, passando ainda menina, a residir na cidade de Angra e ali, conheceu o marido, também ele poeta e jornalista, Francisco do Canto e Castro, fixando a seguir residência no lugar do Cais do Pico, concelho de São Roque, em cujo concelho ele era ao tempo, funcionário de Finanças. Dali o casal transferiu-se para a Horta, onde residiu até emigrar para os Estados Unidos.
Na Horta, D. Josefina foi professora de piano e francês e colaborou na “Horta Desportiva”, depois de adquirida pelo marido, até regressar aos E.U.A.. É aí que a vai encontrar o Pe. Xavier Madruga, fundador e director deste semanário, aquando da sua visita à América. E, numa das suas excelentes “Cartas da América”, (cuja publicação em livro foi autorizada ao Núcleo Cultural da Horta, mas que este instituto nunca realizou), o Pe. Xavier Madruga presta homenagem à ilustre Senhora, pondo em relevo o trabalho exaustivo que estava a realizar: Poetisa e escritora, nunca escreve nem fala que não seja para cantar as Figuras máximas da nossa incomparável História, as suas grandes Datas Nacionais, a musicalidade harmoniosa da Língua Portuguesa e o dever que todos têm de a tornar conhecida e amada dos estrangeiros.
E, depois, afirma: “Pela rádio e na imprensa, nas Sociedades e Clubes da Califórnia, nos Colégios e Liceus onde se tem encontrado a ensinar, é contínuo e perseverante o seu esforço e a sua acção, porfiada, constante, obstinada pela nossa Pátria, de quem se constituiu, voluntariamente, animadora e advogada, sem credenciais, nesta grande nação.”(…)“Actualmente professora na Douglas School de Pebble Beach, próximo de Monterey ali ensina espanhol e francês, como poderia ensinar português e inglês”.
E, quase a terminar a sua “Carta da América”, publicada neste jornal no dia 15 de Março de 1947, precisamente há sessenta anos, escreve ainda o Pe. Xavier Madruga acerca de D. Josefina Canto e Castro: Rezar, sofrer, dar bom exemplo: duas mão postas, molhadas de lágrimas, são chaves de ouro capazes de abrir o coração mais endurecido ou a inteligência mais desnorteada.
D. Josefina, decorridos alguns anos, voltou ao Pico e fixou residência em São Roque, terra que primeiro habitou após o casamento. Ali viveu rodeada do maior carinho e amizade durante alguns anos, leccionando música e piano como ocupação dos “tempos livres”. E foram vários os alunos que, depois, seguiram a carreira musical. Sentindo que os anos passavam, voltou para junto dos Filhos e Netos, nos Estados Unidos e fixou-se novamente na Califórnia. Aqui iniciou a sua colaboração em “O Dever” sob a rubrica “Da Minha Janela”, continuando-a nos Estados Unidos até há cerca de dois anos. A sua colaboração era semanária e, quando o original não chegava a tempo, arreliava-se com o atraso.
Foram muitos e diversificados os assuntos e temas tratados em “Da minha Janela”, local de observação atenta dos problemas, os mais diversificados, desta ilha.
Três livros de poemas publicou a distinta e inspirada Poetisa: “Naquele Tempo…Poemas Bíblicos”, 1ª edição em 1941 e 2ª edição em 1985; “Poemas de Ontem”,1989 e “Despedida”, l996.
Sempre interessada pela literatura açoriana, numa das muitas cartas que me escreveu, (12 de Agosto de 1997), diz: Fiquei surpreendida com tantos livros publicados recentemente e a lançar este verão. Os Açores estão, deveras, a lançar a sua literatura. O que falta é mais comunicação e vendas entre as Ilhas. Não será possível melhorar a situação? Quem sabe!
O “Tribuna Portuguesa”, jornal que se publica em Modesto, Califórnia, no dia 1 de Julho corrente, ao celebrar os 100 anos de D. Josefina Canto e Castro escreveu, e aqui transcrevo com a devida vénia: …Emigrou em 1945. Teve uma vida indescritível de empenho, de solidariedade, de bem escrever, de ser mulher com M grande. Lutadora de muitas causas, a sua “Janela” é a pérola mais preciosa deste jornal. Faz l00 anos no dia 19 de Julho e vai estar acompanhada por toda a família no Sul da Califórnia. Happy Birthday.
Com emoção, respeito e amizade, também aqui deixo os meus votos de Parabéns à Veneranda Senhora, seus Exmos. Filhos e Familiares. Feliz Aniversário!
Pico,19 de Julho de 2007
Ermelindo Ávila
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